AONDE
ESTAMOS INDO?
Por
que quanto mais progredimos mais nos matamos uns aos outros?
Caminho...
não sei pra onde estou indo... mas sei, sinto
que preciso me encontrar, te encontrando... e caminhar por outro caminho e em outra
direção...
Sou assim comum você... um estranho semelhante...Falo
daqui de dentro, dentro do meu sentimento, sentimento este que não foi obra
exclusiva minha, mas antes, é fruto da vida, da sagrada Vida naturalmente e, em
particular, deste modo de vida que nos angustia...desta máquina da qual somos peças...
As desilusões são boas... muitas vezes, pra dizer a
verdade. Pois, em meio às formas violentas como nos relacionamos, talvez exista
algo que nos permeie e que possa nos fazer (re)conhecer nossas Vidas. Que é?... não sei... posso dizer tantas palavras e não dizer nada. Mas, o que quero expressar é que, por mais que nos sintamos
angustiados com o passar dos dias – este tempo aprisionado – será que
não podemos perceber mais lucidamente o caminho
em que estamos? E, se queremos continuar nesta direção ou se podemos mudar
de verdade para algo mais verdadeiro e saudável?
Nossas
situações diárias, em sua maioria servem para a continuidade deste mundo, para
o progresso desta vida sem sentido. Isto é mais evidente em
relação a coisas como o individualismo, à indiferença
cotidiana, mas também em muitas outras “coisas” como trabalho, consumo, está
clara a nossa dependência a esta máquina da morte. É a nossa formação dentro de
nossa cultura. Assim, que mal existe em levar uma criança para o supermercado? Ou
desde pequena incentivá-la com brinquedos e propagandas a ter um carro que pode
(e muitas vezes faz) matar alguém (possivelmente ela)? Ou fazer com que uma
criança sente-se no colo de um Papai Noel e lhe peça algo que com certeza ela
não ganhará? A cobiça é um belo valor para se ensinar às crianças.
E os dias passam... e as coisas acontecem... e
levamos nossas(?) vidas... divididos...vendidos...rendidos ao “ah...é assim que
as coisas são” ou a crença de que podemos melhorar as coisas, continuando a fazer as mesmas coisas que
nos destroem, como nas promessas dos partidos políticos. E as engrenagens
não param...
Por que não se focar nas interações, nos contatos e
influências mútuas? Contato com ou outros, que por mais que sejam ‘outros’
também são como nós, seres vivos, plantas, pessoas, animais, outras culturas. Não
foi sempre assim que as coisas foram e não é assim que as coisas precisam ser. Se
a cada dia fica mais evidente que nosso mundo é perverso e que a hipocrisia que
ajuda a escondê-lo também fica mais escancarada, por que prosseguir no
progresso? “Votar consciente”, “reciclar os resíduos”, “consciência no
trânsito”, “melhorar a educação”, PROGRESSO... porque acreditamos nisso ainda?
Não quero melhorar esta máquina, quero
abandoná-la...
Matheus