Sobre este espaço

"Existem maneiras de pensar, agir e viver que possam ser mais satisfatórias, emocionantes, e principalmente dignas, do que as formas como pensamos, agimos e vivemos atualmente?"


Um de nossos tantos desejos... Se algum material que colocamos aqui, de alguma forma, estimular você a pensar ou sentir algo, pedimos de coração para que você use estas ideias. Copie, mude, concorde, discorde. A intenção deste blog é incentivar o questionamento e a intervenção das pessoas na sociedade. Pegue os textos, tire xerox, CONVERSE mais, faça por você, faça por todos nós, faça por ninguém. E se quiser, entre em contato(conosco, c/ qualquer um, com o meio, c/ a natureza...) Coletiva e humilde-mente - vive em paz, revolte-se!

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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Caminhos


AONDE ESTAMOS INDO?

Por que quanto mais progredimos mais nos matamos uns aos outros?

Caminho... não sei pra onde estou indo... mas sei, sinto que preciso me encontrar, te encontrando... e caminhar por outro caminho e em outra direção...

Sou assim comum você... um estranho semelhante...Falo daqui de dentro, dentro do meu sentimento, sentimento este que não foi obra exclusiva minha, mas antes, é fruto da vida, da sagrada Vida naturalmente e, em particular, deste modo de vida que nos angustia...desta máquina da qual somos peças...

As desilusões são boas... muitas vezes, pra dizer a verdade. Pois, em meio às formas violentas como nos relacionamos, talvez exista algo que nos permeie e que possa nos fazer (re)conhecer nossas Vidas. Que é?... não sei... posso dizer tantas palavras e não dizer nada. Mas, o que quero expressar é que, por mais que nos sintamos angustiados com o passar dos dias – este tempo aprisionado – será que não podemos perceber mais lucidamente o caminho em que estamos? E, se queremos continuar nesta direção ou se podemos mudar de verdade para algo mais verdadeiro e saudável?

Nossas situações diárias, em sua maioria servem para a continuidade deste mundo, para o progresso desta vida sem sentido. Isto é mais evidente em relação a coisas como o individualismo, à indiferença cotidiana, mas também em muitas outras “coisas” como trabalho, consumo, está clara a nossa dependência a esta máquina da morte. É a nossa formação dentro de nossa cultura. Assim, que mal existe em levar uma criança para o supermercado? Ou desde pequena incentivá-la com brinquedos e propagandas a ter um carro que pode (e muitas vezes faz) matar alguém (possivelmente ela)? Ou fazer com que uma criança sente-se no colo de um Papai Noel e lhe peça algo que com certeza ela não ganhará? A cobiça é um belo valor para se ensinar às crianças.

E os dias passam... e as coisas acontecem... e levamos nossas(?) vidas... divididos...vendidos...rendidos ao “ah...é assim que as coisas são” ou a crença de que podemos melhorar as coisas, continuando a fazer as mesmas coisas que nos destroem, como nas promessas dos partidos políticos. E as engrenagens não param...



Por que não se focar nas interações, nos contatos e influências mútuas? Contato com ou outros, que por mais que sejam ‘outros’ também são como nós, seres vivos, plantas, pessoas, animais, outras culturas. Não foi sempre assim que as coisas foram e não é assim que as coisas precisam ser. Se a cada dia fica mais evidente que nosso mundo é perverso e que a hipocrisia que ajuda a escondê-lo também fica mais escancarada, por que prosseguir no progresso? “Votar consciente”, “reciclar os resíduos”, “consciência no trânsito”, “melhorar a educação”, PROGRESSO... porque acreditamos nisso ainda?
Não quero melhorar esta máquina, quero abandoná-la...

Matheus

domingo, 30 de janeiro de 2011

Sou um qualquer. Sou alguém

Comum adj. 2g. 1. De todos ou muitos; geral. 2. Habitual; usual; costumeiro. 3. Vulgar; banal; ordinário. 4. Feito em sociedade ou comunidade.

O que se pode refletir sobre a expressão “pessoa comum”?

Se nos considerarmos pessoas comuns, estamos em quais “setores” da sociedade?

O que pode(ria)mos ser/fazer, sendo pessoas quaisquer, sendo um Zé ninguém?

Talvez eu possa contribuir para se pensar sobre isto, uma vez que me considero um “qualquer”. Num primeiro momento, me vem à cabeça que o comum é oposto do famoso, do especial, do extraordinário, do destacado, etc. Celebridades, artistas, “intelectuais”, cientistas, médicos, políticos, grandes líderes e afins, de acordo com minha formação como pessoa, não são comuns, não são os “qualquer um”. Os comuns seriam os desconhecidos, os que não figuram nos jornais, na televisão, nas revistas entre outros meios de comunicação massivos (e maçantes). Dependendo, podem ser às vezes, as maiorias ou as minorias. São os desempregados e empregados que ganham pouco, se comparados com aqueles que citei acima. São aqueles que podem ser mais um número na associação a um partido, mais um número nos insatisfeitos (acho que quase todos), e mais um número nas filas de lojas e hospitais, e mais um nas estatísticas, sejam elas de mortos ou de vivos que não vivem. Podem ser sonhadores e lutadores que carregam a marca da angústia. Podem ser padeiros, mecânicos, professores, estudantes, mendigos etc. e até os artistas que citei antes, dependendo da sua visibilidade. É como se o que determinasse o quanto “comum” e o quanto “extraordinário” você é, fosse seu currículo, prestígio e dinheiro, não necessariamente nessa ordem. É claro que todos são muito mais do que "isto" ou "aquilo" que eu possa dizer aqui, ninguém (nenhum ser vivo) deveria ser reduzido a um nome, rotulo, papel, utilidade.

Talvez o “qualquer” não seja só visto como o oposto do famoso, do extraordinário, mas em certos momentos, o oposto do importante. Um pouco neste sentido, pode se encaixar, por exemplo, a grande valorização que fazemos sobre cursar um curso na universidade. É fácil de perceber que o ensino FUNDAMENTAL recebe menos prestígio que o SUPERIOR. Não sei se fui claro. É engraçado (talvez não) pensar que o que se chama de superior chame mais atenção das pessoas do que o que é tido como fundamental. Mesmo sendo o ensino fundamental considerado teoricamente o mais importante, não é tão “legal”, e nem tão importante em certos momentos (ou a toda hora) quanto o superior. Em pequenas situações do dia-a-dia isto pode ser percebido. Uma experiência minha estes tempos deixa isto bem claro. Foi assim:

Eu e um amigo estávamos participando de um passeio ciclístico, e resolvemos entregar uns panfletos com o objetivo de incitar a reflexão coletiva e informal. Entregamos para algumas pessoas e, ao entregar para uma destas, fomos perguntados: “Mas de onde vocês são?”. Então respondemos o nome do nosso bairro, e ela (a pessoa) continuou: “O que vocês fazem?”. E nós: “Como assim?” e ela explicou: “Tá, mas qual curso vocês fazem?”. Eu e meu amigo ficamos quase que rindo da situação, pois não sabíamos o que responder.

Entendo que nesta ocasião esteja evidenciado o prestígio que se dá às pessoas que tenham algum diploma. Isto é visível. Mas o intrigante é pensar que em uma conversa informal na rua, as pessoas (comuns) necessitem de distintivos, currículos, entre outros pré-requisitos, para se relacionarem. Uma conversa não (?) é uma entrevista de emprego, ou de associação para um grupo!!! Uma possível explicação para esta forma de ver as coisas está na idéia de que um estudante de um curso de nível superior está se encaminhando para ser alguém mais importante socialmente, do que era antes de cursar a faculdade. Está tentando “ser alguém na vida”.

Somos forçados a querer “ser alguém”. Ser uma pessoa com força de vontade e que vive a vida. O ruim é ser um ninguém. Somos convencidos de que nós, os ninguéns, não podemos ser decisivos na construção da vida em sociedade. Isto se deve em parte, a ideia de que simplesmente não somos capazes. Os que são capazes são os grandes, os ilustres, os celebres. Então, estando condenados à submissão, absorvemos o pensamento de nos conformarmos, ao mesmo tempo em que reclamamos, vivendo de acordo com o modo de vida que nos dá insatisfação. Compensados pelos momentos de “prazer” que são determinados como os únicos pra nós, geralmente os que nos deixam em posição de mandar, ter, ou saber, mais que as pessoas a nossa volta.

Só consigo ver este pensamento assim: “Ser alguém na vida” é ter estabilidade financeira. É destacar-se. É, quem sabe, assumir cargos mais elevados. É dar o seu melhor, para ser melhor, que os outros, é claro. É ser influente. Como nos outdoors, que dizem quais sonhos devemos ter. É ter uma vida honesta, sempre competindo deslealmente. É dar discursos. Dentro de uma imensa massa de trabalhadores, consumidores, espectadores, desejar SEMPRE cada vez mais progredir. Tentar conseguir um trabalho melhor (um salário melhor). Tentar poder comprar mais coisas melhores (mais caras). Tentar “estar por dentro” dos meios que determinam sua vida. Sentados perto ou longe dos atores, aplaudindo ou vaiando, somos meros espectadores.

Mas, é preciso lembrar que as coisas não SÃO assim. As coisas ESTÃO assim. Isso muda tudo. É preciso tentar descobrir de onde vem esta visão a qual somos condenados. Somos pessoas que PODEM aprender umas com as outras e por si próprias. O potencial de transformação que uma conversa animada entre amigos pode ter é gigantesco. Ninguém pode controlar as idéias livres. A pessoa comum é a mais forte, na medida em que a sua vida é como se fosse a de qualquer outra, o que capacita qualquer pessoa de fazer qualquer coisa que viu, e recriá-la. Pessoas que se conhecem podem criar uma infinidade de possibilidades de atividade para suas vidas e, conseqüentemente, influenciar outras, ao mesmo tempo em que sofrem influência. A pichação de um muro; uma conversa reflexiva; um olhar atento e humilde sobre onde estamos e o que estamos fazendo (e queremos fazer) aqui; a espontaneidade e a organização; o perguntar, duvidar; o ENCONTRO entre seres humanos condenados pelo meio em que nasceram e a sua conseqüente indignAção, são formas de mudar as coisas, mudanças que não podem e nem poderiam ser impedidas ou medidas. Zé ninguém=Alguém na vida
 
Matheus

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

REVOLTA E TÉDIO

"É assim que as coisas são".

Estas são as palavras de ordem que nos forçam a alimentar a gula da sociedade auto-destrutiva que condena suas vítimas. Esta sentença de que não se pode mudar a realidade social é fortalecida pela nossa condição imposta, de meros espectadores. Consumidores/espectadores em todos setores da sociedade. SENTADOS PERTO OU LONGE DOS ATORES, APLAUDINDO OU VAIANDO, SOMOS MEROS ESPECTADORES.


Os dias vão passando: todos iguais, revoltantes e tediosos. Fazemos parte de tudo o que nos cerca, mas somos levados a pensar que nossa ação não tem força. E assim vamos levando a vida, ou melhor, somos levados por ela. Sem perspectiva de nada. Como se nossa existência se resumisse à obediência e reprodução, servindo a continuidade deste modo de ver e viver que causa tanto sofrimento à humanidade e a natureza. Natureza aliás, da qual fazemos parte, apesar de os fundamentos da nossa civilização dizer que somos exteriores e superiores à natureza. E ainda, pra piorar, este modo de vida é dito e tido como o melhor, o único possível. Sendo assim, somos convencidos a acreditar que qualquer alternativa é pior e inviável.

Não (se) questione!

Nos acostumamos a nos acostumar com o revoltante sem nos revoltarmos. E então vem a pergunta que parece mostrar impotência, mas que PODE revelar força:

"O que é que se pode fazer?"


Quem sabe se mudássemos de postura parando de pensar que "é assim que as coisas SÃO", pra começar a AGIR pensando que "é assim que as coisas ESTÃO". Isto muda tudo. Pois nos tornamos capazes de INTERFERIR na realidade com a qual nos deparamos. É claro que continuamos dentro da máquina do cotidiano, mas podemos assumir a postura de nadar contra a corrente deste rio artificial.


Ass: Matheus

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

ELEIÇÕES: Com qual molho você quer ser devorado - FOTOS

Cartaz que fizemos:

Parque Marinha

Cassino

Cassino

Adesivo:
Colégio Tellechea no dia da eleição

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

"VIOLENTAMENTE PACÍFICO"

VIVA EM PAZ, REVOLTE-SE!

 "...vocês estão se dando mal, nós já descobrimos qual é a causa de nosso problema. Não são os efeitos que vocês nos fazem combater como causas...não são as drogas, não é o crime...nós sabemos que é o USO e abuso do poder, da autoridade..."

XII Festival Nacional a Imagem em 5 Minutos 2008- Violentamente Pacífico é um video de Gabriel Teixeira realizado no Bairro da Paz(Periferia de Salvador-BA) entrevistando Ras Mc Léo Carlos.
O cara fala, revoltado, sobre a indiferença e crueldade resultantes de um sistema aonde a desigualdade social/econômica destroi o futuro de quem sofre e, cada vez mais, mata toda a humanidade. Ele não fala de sua revolta em teorias, mas sim em seus sentimentos, o que não quer dizer que não tenha conhecimento. Enfim... só vendo... 





Ass: Matheus

terça-feira, 31 de agosto de 2010

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

ARTEVISMO - "Abrigo/Manifesto"

  ABRIGO/MANIFESTO

Uma ação humanitária pode ser uma obra de arte. Este trabalho é de autoria de Adriano Carnevale Domingues, arquiteto, artista plástico e, pode-se dizer assim, um ativista da arte ou um artista do ativismo. Descobri à pouco, um pouco do seu trabalho, e logo me interessei. Seguem aí fragmentos de um texto seu sobre este trabalho, o "Abrigo/Manifesto", além das imagens:

  "Talvez a arquitetura não seja realmente importante, como diz o Arq. OscarNiemeyer, e que o importante é mudar este mundo injusto; mas utilizaremos
então a arquitetura como uma de nossas ferramentas , já que está na ação,
intenção e invenção a diferença que nos qualifica.
O Abrigo / Manifesto foi criado para, primeiramente, proteger seres
humanos que se encontrem em lugares diversos e depois alterar a
percepção daqueles que passam e não enxergam nada além de seus
celulares."



Vale a pena olhar seu blog onde tem outras obras suas, como a ação/exposição itinerante "até que a arte nos salve"(foto acima): http://adrianocarnevaledomingues.blogspot.com/

Ass: Matheus