"Existem maneiras de pensar, agir e viver que possam ser mais satisfatórias, emocionantes, e principalmente dignas, do que as formas como pensamos, agimos e vivemos atualmente?"
Um de nossos tantos desejos... Se algum material que colocamos aqui, de alguma forma, estimular você a pensar ou sentir algo, pedimos de coração para que você use estas ideias. Copie, mude, concorde, discorde. A intenção deste blog é incentivar o questionamento e a intervenção das pessoas na sociedade. Pegue os textos, tire xerox, CONVERSE mais, faça por você, faça por todos nós, faça por ninguém. E se quiser, entre em contato(conosco, c/ qualquer um, com o meio, c/ a natureza...) Coletiva e humilde-mente - vive em paz, revolte-se!
"...vocês estão se dando mal, nós já descobrimos qual é a causa de nosso problema. Não são os efeitos que vocês nos fazem combater como causas...não são as drogas, não é o crime...nós sabemos que é o USO e abuso do poder, da autoridade..."
XII Festival Nacional a Imagem em 5 Minutos 2008- Violentamente Pacífico é um video de Gabriel Teixeira realizado no Bairro da Paz(Periferia de Salvador-BA) entrevistando Ras Mc Léo Carlos.
O cara fala, revoltado, sobre a indiferença e crueldade resultantes de um sistema aonde a desigualdade social/econômica destroi o futuro de quem sofre e, cada vez mais, mata toda a humanidade. Ele não fala de sua revolta em teorias, mas sim em seus sentimentos, o que não quer dizer que não tenha conhecimento. Enfim... só vendo...
"Admira o próprio carrasco, pois no fundo é ele quem você queria ser pra pisar em todo mundo, inclusive naquele que no caso é você!"
Banda oriunda do estado do Rio de Janeiro, El Efecto faz um som muito trabalhado instrumentalmente, com misturas de ritmos e distorções pesadas. A banda pode se encaixar na definição de rock alternativo, ou música alternativa. Mas é importante deixar bem claro que não se trata de nenhum daqueles clichês do rock cheios de rótulos novos, que são fabricados aos montes.
Suas letras falam de uma diversidade de sentimentos - raiva, indignação, desilusão - sempre cheio de sarcasmo, ironia e por aí vai... O impacto profundo e especialmente negativo que a cidade causa nas pessoas é um tema frequente nas letras.
TILT
Vamos todos celebrar! O progresso chegou
trazendo fome, miséria, desemprego e dor
Eu me sinto humilhado e guardo rancor
pois no trabalho eu fui trocado por um robô
Meu corpo rola cansado pela esteira da linha de montagem
sigo sendo triturado nas rodas dentadas dessa engrenagem
Mais um pro estoque dos inofensívos
Sacrificado pra satisfazer os deuses corporativos
Quem tira o brilho da vida não é a cidade
e sim seu jeito de robô sem espontaneidade
Pessoas só fazem o que já foi feito
Pessoas só repetem o que já foi dito
Pode ir no seu carro à jato, com a mais moderna embreagem
eu prefiro ir à pé, caminhando e observando a paisagem
Foda-se seu carro à jato e toda sua modernidade
Na ruptura da rotina é onde se esconde a felicidade
Vamos todos celebrar meu novo computador!
Vamos todos celebrar a minha puta dor!
O imenso vazio de sentido (mascarado por anestesias drogantes como o entretenimento, rotina, "obrigações", etc.) que a sagrada sociedade atual injeta nas mentes e corações de seus habitantes, pode ser um vasto território para a arte se revoltar.
Uma ação humanitária pode ser uma obra de arte. Este trabalho é de autoria de Adriano Carnevale Domingues, arquiteto, artista plástico e, pode-se dizer assim, um ativista da arte ou um artista do ativismo. Descobri à pouco, um pouco do seu trabalho, e logo me interessei. Seguem aí fragmentos de um texto seu sobre este trabalho, o "Abrigo/Manifesto", além das imagens:
"Talvez a arquitetura não seja realmente importante, como diz o Arq. OscarNiemeyer, e que o importante é mudar este mundo injusto; mas utilizaremos
então a arquitetura como uma de nossas ferramentas , já que está na ação,
intenção e invenção a diferença que nos qualifica.
O Abrigo / Manifesto foi criado para, primeiramente, proteger seres
humanos que se encontrem em lugares diversos e depois alterar a
percepção daqueles que passam e não enxergam nada além de seus
celulares."
Se há amor em toda flor, por que regar velhas esquinas?
No rastro ensanguentado da cidade, as famílias.
Passeamos sobre cenas violentas...
Vou fazer planos ou morrer aqui plantando?
Pois na cidade eu vivo o luto e atrás de um muro,
um edifício é construído nas ruínas de um jardim em aluguel...
Do céu desaba o choro em sincronia com a insanidade do crescer.
Progresso sem direção: A ordem é desvitalizar!
E a flor murchou diante o sonho destruído.
Numa floresta de papel, o céu chorou...
Esta é uma letra de uma música de Rafael Cadaval Machado, baterista da banda Aversão ao Estado. O nome desta banda é "Livre Imposição Social". Em breve serão postadas suas músicas para download.