“A cidade está
crescendo!” É o que ouvimos.
Vemos construções e esperança prometida em placas pela
cidade, são apresentadas “maravilhas” do “progresso”, como shoppings,
supermercados, estradas e por aí vão as construções.
Ao mesmo tempo pessoas e os outros seres que vivem em grandes
centros urbanos estão inseridos em um cotidiano (de)pressão, violência,
injustiça, descaso com a vida devido a preocupação de qualquer empresa em só
obter lucro, provido da apropriação da vida na terra.
Nossa vida não melhorará em nada com a chegada de shoppings e
outros atrativos que prometem felicidade, como um oceanário, que demonstra a
neurose cruel que vivemos, pra mim um lugar onde seres são impossibilitados de
se locomoverem como-onde querem, e de fazer o que
querem-precisam, enfim, de viver de maneira livre e não
trancados por seres humanos doentios, é extremamente triste e revoltante.
Creio que a vida melhora se é baseada em respeito, com
solidariedade, praticas saudáveis de vivência, amizade, carinho... não estou
propondo um método para vida feliz (podemos pensar sobre isso), mas que
refletimos sobre a maneira que (vi)vemos-sentimos a vida no mundo que
habitamos.
Enquanto isso, pessoas que vivem uma paranóia de obter bens
materiais e um estilo de vida padronizado por uma cultura que se nutre
explorando e desnaturalizando a vida e as maneiras que a
sentimos-explicamos, parece sádico, mas essas criaturas se
satisfazem com o dito (por elas mesmas)
crescimento das cidades, com o aumento da pobreza gerada em
volta das suas construções estúpidas,com o aumento da tristeza de pessoas $em
condições de consumir todas as futilidades ditas necessárias pelos próprios que
querem que consumas, suas propagandas depreciativas, que tratam a vida como um
produto.
Querem que achemos necessário, por exemplo, automóveis
carregados de dor e sangue de inocentes pelas estradas (são necessários só para
manter esse modo de vida).
Enfim, não precisamos de shoppings ou estradas, precisamos de
espaço e tempo para viver, precisamos de coragem para negar esses absurdos
cometidos contra a natureza (isso nos inclui), e mais ainda rever e confiar na
nossa capacidade de criar juntxs uma maneira nova de viver, de se relacionar
com o lugar e com os seres que convivemos.
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Ass: Let's Go
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