Só-mente em mim...
Em tempos terminais...
Reproduzo os meus passos...
Rabiscados...
Sobre as linhas traçadas...
Que eu mesmo redigi...
Riscando sem arriscar...
Em sorrisos quadrados...
Esbarrados nos andares...
Daqueles que não sou...
...
Em “progresso”...
Subo o mais alto que posso, assim...
No certo decreto concreto modo...
Mas do topo, meu olho...
Ao olhar lá embaixo um olhar...
Vê meu retrato...
Num “outro”...
Que me olha lá do chão:
Um cão.
Livre da minha mão...
...
Só-mente em mim...
Caio aqui de cima...
Em cima de um fim...
Que não começa...
Sem mim...
Lá embaixo.
...
Espirrado no ar...
Sou sono sem sonho...
Cantado...
No canto calado...
Das grades que me definem...
Como um só...
Berro!!!
Mas digo mais...
Demais...
Para esse ar...
Que não me segura:
“—O que sou?!”
Se for o que há entre lá e cá...
Só faço parte de mim!
Só-mente em mim...
Cara a cara...
Pagando meu preço...
Inválido...
Sob o chão...
Sobre o chão...
Rafael
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