Em meio a toda força que nos leva a não entrar em contato com quem (e o que, talvez) está a nossa volta, passando uns pelos outros de cabeça baixa ou nariz empinado; em meio à correria cotidiana de ir para onde queremos ir e/ou onde somos obrigados a ir (talvez sejam dois lados da mesma moeda); em meio ao tráfego insano de almas pretensamente isoladas, mas profundamente interligadas; em meio ao mosaico de conversas e discussões feitas ao mesmo tempo em lugares diferentes ou em um só lugar; em meio ao dia-a-dia tedioso e revoltante com que nos deparamos... Enfim, em meio a loucura dos dias, acontecem, de vez em quando (ou sempre, se mudarmos o olhar, se olharmos o mudar) situações intrigantes. E instigantes. Seja numa conversa sincera com um amigo, ou num simples olhar, num gesto. Você certamente já deve ter olhado um desconhecido nos olhos e ter sido também mirado no profundo olhar por quem passava ali, enquanto andavam pelas ruas lotadas de gentes indo pra onde quer que estivessem indo. Enquanto, em frações de segundos, não fizeram o habitual desvio do olhar, sentiram algo “estranho”. Podemos sentir (?)!
Porque não fixar um pouco o olhar nas diversas situações, ao invés de viver olhando para as cores publicitárias que são muitas e que nos atordoam os sentidos? Onde está a comunicação se somos tão mediados pelos chamados meios de comunicação(talvez alguns tão imperceptíveis num primeiro momento)? Ou então, por que ficar onde se está? Vivendo (?) todas as situações com uma pré-determinada visão, classificando as pessoas, as situações automática-mente em “isso” ou “aquilo” e pronto.
Esta troca de que falo... é como se pudéssemos nos ver, no outro. Como se as pessoas pudessem sentir ao mesmo tempo, o mesmo sentimento, ligando-se uma na outra. E para além do “mais do mesmo”, pode(ría)mos transformar estas situações, de modo que fizéssemos uma interação nova onde pudéssemos mudar o mundo (por que não? Aonde está o mundo?)... e não mais cumprir os papéis, nem encenar,nem reproduzir, ao menos não a todo o momento...
Uma situação onde ficamos tomados por uma euforia, alegria, ou até angústia, levando em conta que nossas relações hoje são, na sua esmagadora maioria, frias relações econômicas e/ou de poder (EU/você – NÓS/eles). No mais “micro” do dia-a-dia o progresso da angústia é alimentado, seria difícil pensar como não poderia ser(?)!
Sem papéis a cumprir e nem palavras arrogantes que atrapalhem, sentimos/(vi)vemos o inclassificável. Sentimentos/pensamentos diversos são e podem ser compartilhados de maneira a nos transformar (e nós transformarmos) capazes de caminhar outros caminhos, apesar do eficiente esforço destes dias, que, ao invés de compartilhar tudo, buscam dividir (separar) tudo. Assim, desse jeito em que estamos (somos?), dentro das liberdades/certezas/fortes fraquezas (grades) de cada um (e dentro de uma prisão maior talvez), sem outros tipos de interação, continuamos marchando, colocando tijolo sobre tijolo nos muros que não devem parar... Assim como estamos, presos em nossas liberdades?
Ass: Eu, quem quer que seja isso
Sobre este espaço
"Existem maneiras de pensar, agir e viver que possam ser mais satisfatórias, emocionantes, e principalmente dignas, do que as formas como pensamos, agimos e vivemos atualmente?"
Um de nossos tantos desejos... Se algum material que colocamos aqui, de alguma forma, estimular você a pensar ou sentir algo, pedimos de coração para que você use estas ideias. Copie, mude, concorde, discorde. A intenção deste blog é incentivar o questionamento e a intervenção das pessoas na sociedade. Pegue os textos, tire xerox, CONVERSE mais, faça por você, faça por todos nós, faça por ninguém. E se quiser, entre em contato(conosco, c/ qualquer um, com o meio, c/ a natureza...) Coletiva e humilde-mente - vive em paz, revolte-se!
Um de nossos tantos desejos... Se algum material que colocamos aqui, de alguma forma, estimular você a pensar ou sentir algo, pedimos de coração para que você use estas ideias. Copie, mude, concorde, discorde. A intenção deste blog é incentivar o questionamento e a intervenção das pessoas na sociedade. Pegue os textos, tire xerox, CONVERSE mais, faça por você, faça por todos nós, faça por ninguém. E se quiser, entre em contato(conosco, c/ qualquer um, com o meio, c/ a natureza...) Coletiva e humilde-mente - vive em paz, revolte-se!
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sexta-feira, 6 de maio de 2011
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
educAÇÃO
Não quero falar em Educação. Essa palavra é hoje em dia tão banalizada pelos políticos e “salvadores da pátria” de plantão, que não me sinto confortável em usá-la. Talvez seja mais adequado falar de: ‘produção coletiva de conhecimento’(mesmo que esse termo fuja da idéia central de educação). Na verdade, não sei por que o termo Educação não é, de uma vez por todas, substituído por este outro. Não só terminologicamente, mas também na prática.
Michel Foucault (o mesmo que dizia: “as micro-relações de poder estão à nossa volta; em nós; em todo lugar”) dizia sobre a educação: “Todo sistema de educação é uma maneira política de manter ou de modificar a apropriação dos discursos, com os saberes e os poderes que eles trazem consigo.” Em outras palavras, educar é modelar, encaixar, formatar, controlar. Uma educação que parta desses princípios não pode, de forma alguma, ser eficaz em seu objetivo de capacitar uma pessoa a viver de forma mais “racional”. Como passar valores de liberdade, autonomia, independência se firmando em princípios essencialmente contrários?
Não é nenhum apontamento revolucionário dizer que a forma que a educação se dá nas escolas (e por que não dizer também, em qualquer instituição educacional tradicional vinculada ao Estado ou qualquer outra que use dos métodos deste) é ineficaz em seu objetivo que, creio eu, é o de capacitar o indivíduo a crescer intelectualmente de forma a alcançar seus próprios rumos de forma mais autônoma e independente.
Ter que sair todo dia de casa num mesmo horário, entrar num ambiente fisicamente alheio ao ambiente familiar ao que estamos acostumados, sentar em fileiras ordenadas em silêncio, receber as informações que um detentor do conhecimento lhe oferece, e depois voltar para casa tentando se convencer que conseguiu absorver e acumular algo útil à sua vida é algo que, para mim, assemelha-se à rotina de um trabalhador industrial. As escolas pouco mais fazem do que injetar de seringa na cabeça do aluno um conhecimento que ELA julga ser importante. Não vejo exemplo mais claro da sutil relação de poder que nos é imposta diariamente sem que percebamos. Com o tempo, nos acostumamos a ser consumidores passivos de conhecimento. Com o tempo, nos acostumamos a receber e acatar ordens. Com o tempo, assimilamos que existe uma hierarquia intelectual. Com o tempo, e com a escola, vamos nos adaptando a toda essa opressão e imposição de valores que em nada nos são úteis. A educação, como conheço (e como conhecemos), não forma pessoas, nem cidadãos, nem indivíduos. Forma mão-de-obra especializada, sofredores conformados e consumidores passivos.
Para a educação, pessoas normais juntas conversando sobre qualquer assunto, ouvindo e respeitando as opiniões, expondo e expressando idéias, rindo e deixando fluir a natureza do desenvolvimento intelectual do homem, NÃO é educação. Mas para mim é, e creio que muitos concordam que muito mais influente em nossa personalidade são nossas conversas cotidianas sobre assuntos aleatórios, que perpassam por nossas influências individuais. Para mim, essa é a verdadeira educação, e para isso, não precisamos de prédios caros e bonitos, cadeiras novas, livros didáticos, professores autoritários e uma carga de produção intelectual sem sentido.
Só precisamos deixar de estar ausentes na presença uns dos outros.
Ass: MagrO
terça-feira, 5 de outubro de 2010
ENCONTRO GAÚCHO DE ESTUDANTES DE HISTÓRIA 2010 - 12 A 15 DE NOVEMBRO
Texto extraído do blog: http://www.egeh2010.blogspot.com/. Lá se encontram maiores informAções. O local: Ecocamping Municipal de Pelotas - de frente para a Lagoa dos Patos. Endereço: Avenida Rubens Machado Souto, 3092. Bairro: Colônia Z3.
Estudantada e companheirada de toda a querência!
Anualmente os estudantes dos Cursos de História do Rio Grande do Sul reúnem-se no Encontro Gaúcho de Estudantes de História (EGEH). Esse encontro é o fórum máximo de debate e deliberação do movimento estudantil de História em nível estadual, além de ser um espaço de troca de experiências entre os estudantes de todas as instituições da região.
Eis que se avizinha mais um EGEH, dessa feita, de 12 a 15 de Novembro em Pelotas. Coube a nós, estudantes e futuros(as) historiadores(as) e professores(as) de História essa árdua tarefa, porém graciosa experiência.
É com alegria que convidamos vocês, que não contentam-se em apenas “ver” e analisar a história de um mesquinho ponto de vista da “imparcialidade” , mas sim, que preocupam-se e vivenciam a “mestra da vida” como sujeitos históricos atuantes, sempre em prol da mudança e da defesa dos excluídos.
Tendo como tema: JUVENTUDE E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL, possuímos como objetivo suscitar o debate (desde as lutas as quais os jovens se fizeram protagonistas, passando por questões de como se inserir em movimentos de lutas atuais e também, mas não só, discutir o processo de conformismo que hoje nos é legado), além de propor ações práticas, de unidade, acerca de questões que englobam o que se denomina juventude.
Além dessas análises mais “complexas”, o Encontro é ainda uma oportunidade de comunhão de conhecimentos, de trocas de experiências, mas também, fazer novas amizades, cultivar velhas e confraternizar nos momentos culturais.
É neste espírito que reforçamos o convite a todas(os) interessadas(os) em discutir nossas práticas e nossa coletividade como jovens e agentes históricos.
“Joven camarada que construyes tu esperanza, alumbras los muros con
rojo grito de liberdad!” Victor Jara
Ass: Matheus

LEVEM SUAS BARRACAS!
Um encontro assim - de socializAção e troca de ideias - é algo que pode criar novos horizontes. Reciclando ideias para descobrir/criar, coletiva-mente, alternativas. Ai vai a apresentação:
Estudantada e companheirada de toda a querência!
Anualmente os estudantes dos Cursos de História do Rio Grande do Sul reúnem-se no Encontro Gaúcho de Estudantes de História (EGEH). Esse encontro é o fórum máximo de debate e deliberação do movimento estudantil de História em nível estadual, além de ser um espaço de troca de experiências entre os estudantes de todas as instituições da região.
Eis que se avizinha mais um EGEH, dessa feita, de 12 a 15 de Novembro em Pelotas. Coube a nós, estudantes e futuros(as) historiadores(as) e professores(as) de História essa árdua tarefa, porém graciosa experiência.
É com alegria que convidamos vocês, que não contentam-se em apenas “ver” e analisar a história de um mesquinho ponto de vista da “imparcialidade” , mas sim, que preocupam-se e vivenciam a “mestra da vida” como sujeitos históricos atuantes, sempre em prol da mudança e da defesa dos excluídos.
Tendo como tema: JUVENTUDE E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL, possuímos como objetivo suscitar o debate (desde as lutas as quais os jovens se fizeram protagonistas, passando por questões de como se inserir em movimentos de lutas atuais e também, mas não só, discutir o processo de conformismo que hoje nos é legado), além de propor ações práticas, de unidade, acerca de questões que englobam o que se denomina juventude.
Além dessas análises mais “complexas”, o Encontro é ainda uma oportunidade de comunhão de conhecimentos, de trocas de experiências, mas também, fazer novas amizades, cultivar velhas e confraternizar nos momentos culturais.
É neste espírito que reforçamos o convite a todas(os) interessadas(os) em discutir nossas práticas e nossa coletividade como jovens e agentes históricos.
“Joven camarada que construyes tu esperanza, alumbras los muros con
rojo grito de liberdad!” Victor Jara
Ass: Matheus
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quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Por uma existência mais reflexiva
Imaginem o potencial de transformação humano em uma sociedade em que as pessoas agem mediante reflexões criticas de seus atos em concepção global. Imaginem as mudanças estruturais que poderiam surgir em decorrência de uma simples mudança de postura nas ações cotidianas. Imaginem uma sociedade que, diferente de nossa sociedade atual, não se deixa levar pelo fluxo da ordem social vigente.
Esta é uma utopia que, se comparada com outras por ai, nem é tão utópica assim. Pensar e se auto-questionar criticamente é a única revolução que esta utopia necessita para se tornar realidade. Ainda assim, essa revolução parece ser tão sonhadora quanto qualquer outra já proposta na história do pensamento.
Estamos acostumados a viver em um mundo de plástico. Tudo em que tocamos, sentimos, vivemos e acreditamos torna-se produto e seu processo de criação restringe-se ao processo de produção indústrial (inclusive para o que NÃO é industrial). Até mesmo os sentidos tornam-se “produtos industriais”. Em um cotidiano super-veloz nos tornamos escravos dos relógios e fragmentamos nosso dia-a-dia em tantas partes cronometradas que mal podemos enxergar a nossa vida como um todo. As experiências humanas tornam-se artificiais, plásticas. Aparentar ser é mais proveitoso do que realmente SER. Nessa sociedade (que se pretende acéfala), os fins nunca justificaram tanto os meios.
A cultura de nossa civilização é bem clara quanto a isso. Jacques Ellul, um filósofo francês, diz: “Nossa cultura estimula o reflexo, e não a reflexão.” O reflexo é o novo inimigo da reflexão. Agir primeiro, pensar depois (ou, às vezes, “agir primeiro e, depois, agir novamente”) é o que nosso cotidiano e o ambiente em que vivemos nos estimulam a botar em prática. Quantas pessoas se auto-criticam antes de fazer uma critica ao outro? Quantas vezes tentamos pensar na cadeia de processos que desencadearam nas ações que praticamos diariamente? Quantas vezes nos preocupamos com as conseqüências de nossos atos e costumes?
Essas são perguntas que pouco se ouve na sociedade em que vivemos. Salvo algumas poucas exceções, como a Universidade, que apesar de se propor como um espaço de elaboração de métodos de transformação social, apenas reproduz os mesmos valores que compõem a cultura responsável pela criação e disseminação dos problemas que tenta combater; os movimentos sociais, que apesar de necessários e, em certo grau, eficazes, se restringem a um assistencialismo desesperado que pouco contribui para uma mudança de paradigmas sociais; e, creio que por fim, os partidos políticos que, por motivos óbvios, não têm a mínima pretensão de mudar a ordem vigente. Logo, levanto outra pergunta: Onde está a reflexão? O que aconteceu com ela? Foi esquecida, legada, subtraída? Tornou-se monopólio das elites intelectuais? Foi ceifada da sociedade como um todo ou nunca a sociedade a teve?
Essas são perguntas que não posso responder, pelo menos não com certeza. Alias, nem vem ao caso responder todas elas. A pergunta realmente pertinente ao momento na verdade é: ONDE FOI PARAR A SUA REFLEXÃO?
Apenas três hipóteses me vêm à cabeça no momento: sua reflexão está adormecida, aprisionada em uma jaula bem forte e que, por desuso, tornou-se alheia a você; ou ela não existe, foi ceifada por completo ou nunca lhe foi atribuída (o que, obviamente, acho pouco provável); e, por fim, sua reflexão é atuante em você, porém, é massacrada e transpassada pela pressão exterior. Em outras palavras, você usa sua capacidade de reflexão, mas seus reflexos (fortemente exercitados pela cultura em que vive) são mais fortes e esmagam qualquer tentativa de atuar reflexivamente.
Você deve estar perguntando onde eu quero chegar com isso. Em lugar algum. Esse é um exercício de reflexão, e não uma ação de reflexo. Meu objetivo não é passar uma idéia, mas sim contrapor a sua e combatê-las dialeticamente a fim de obter um resultado mais satisfatório e sensato. Esse é um exercício de como agir no dia-a-dia para fugir da tendência a não-refletir sobre os atos e conseqüências da vida. Nunca poderia saber o que esse texto poderia gerar ao entrar em contato com sua visão sobre o assunto, mas, com certeza (supondo que você seja uma pessoa sensata que sabe escutar e aproveitar as diversidades de saberes), será uma visão mais reflexiva e coerente sobre o assunto.
PS: “Se discordou de alguma coisa é porque o processo de construção de um saber reflexivo deu algum resultado, logo, seja uma pessoa inclusiva e compartilhe conosco o seu ponto de vista, ele será escutado com atenção.”
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Ass: MagrO
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sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Sobre o conversar e discUrSAR dAS PESSOAS
“... e as bocas vomitam discórdia e blá, blá, blá...” – Trecho da letra de “Opiniões”, música da Livre Imposição Social
A passividade moderna continua sendo reproduzida nas mais despercebidas atividades no cotidiano. É difícil conversar aonde só se ouvem/falam discursos intransigentes. O discurso estrangula o potencial de ação coletiva e horizontal (sem hierarquia) de uma conversa. Talvez discursos estejam nas conversas, mas a conversa não está no discurso.
Acredito que exista uma enorme confusão quando “damos a nossa opinião”. Existe, na minha opinião(?!), um tanto de orgulho, arrogância e vaidade exagerados nisso. Muitas vezes, quando vamos dar (ou “enfiar goela a baixo”) uma opinião, partimos, quase que inconscientemente, da idéia de que a nossa opinião é uma verdade. E sendo assim, dentro de uma discussão nos forçamos a não levar em conta o que o outro tem a dizer. Não estou sendo a favor de que aceitemos o que os outros dizem como verdade. NÃO. Aí é que está o problema ao meu ver: OU TU ACEITA PASSIVAMENTE, OU TU IMPÕE!
O que sugiro aqui, é que tentemos perceber o quanto de possibilidades podem surgir nas conversas se: ESCUTÁSSEMOS PRIMEIRO PARA ENTENDER, E DEPOIS RESPONDER. E não o contrário, como fazemos ao fuzilar o outro com respostas automáticas prontas para desmentir.
A passividade moderna continua sendo reproduzida nas mais despercebidas atividades no cotidiano. É difícil conversar aonde só se ouvem/falam discursos intransigentes. O discurso estrangula o potencial de ação coletiva e horizontal (sem hierarquia) de uma conversa. Talvez discursos estejam nas conversas, mas a conversa não está no discurso.
Tudo bem... discursos motivam pessoas, não estou contrariando isto. O que venho criticar é a submissão e a passividade que sofre quem só ouve e não fala (ou não é ouvido). Da mesma forma, quem só fala e não ouve exerce uma dominação ou se preferir, uma manipulação. Não estou dizendo para que cada um se feche em sua individualidade e assim ache as respostas verdadeiras. Isto seria a mesma coisa: ao invés de reproduzir dogmas já feitos, criamos uns novos.
Acredito que exista uma enorme confusão quando “damos a nossa opinião”. Existe, na minha opinião(?!), um tanto de orgulho, arrogância e vaidade exagerados nisso. Muitas vezes, quando vamos dar (ou “enfiar goela a baixo”) uma opinião, partimos, quase que inconscientemente, da idéia de que a nossa opinião é uma verdade. E sendo assim, dentro de uma discussão nos forçamos a não levar em conta o que o outro tem a dizer. Não estou sendo a favor de que aceitemos o que os outros dizem como verdade. NÃO. Aí é que está o problema ao meu ver: OU TU ACEITA PASSIVAMENTE, OU TU IMPÕE!
Acredito que pessoas que se conheçam e se dêem bem, saibam melhor lidar com esta situação. Mesmo que muitos casais ou amigos briguem sério só por causa da absoluta “razão” de cada um.
O que sugiro aqui, é que tentemos perceber o quanto de possibilidades podem surgir nas conversas se: ESCUTÁSSEMOS PRIMEIRO PARA ENTENDER, E DEPOIS RESPONDER. E não o contrário, como fazemos ao fuzilar o outro com respostas automáticas prontas para desmentir.
QUE SE FODA O DONO DA RAZÃO!Queria que pudéssemos deixar as idéias mais soltas e assim juntar com outras e transformá-las em outras... E, a partir daí, construir REALMENTE JUNTOS algo novo.
É só uma opinião, mas pode ser mais...
Ass:Matheus
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quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Divulgação: Associação dos Amigos do Arroio Viera - Pró-Vieira
Contribuindo para a divulgação da Associação dos Amigos do Arroio Vieira (Pró-Vieira), repassamos informação retirada de seu blog, segue a informação:
Localizado na zona urbana da cidade Rio Grande, o Arroio Vieira é um arroio de porte médio que divide os bairros Parque São Pedro, Parque Marinha e Jardim do Sol, que juntos compreendem mais de 25.000 moradores. Do ponto de vista histórico e arqueológico, o Arroio Vieira tem grande importância, pois dá nome à Tradição Vieira, que identifica um grupo de índios ceramistas que ocupavam a região há mais de 2500 anos, sendo os primeiros humanos a habitar a área onde hoje se situa o município do Rio Grande. Depois disso, ao longo da colonização e desenvolvimento da cidade, as águas do Arroio Vieira foram usadas pelas pessoas que viviam no entorno para diversas atividades, como a pesca, o cultivo de hortaliças e a simples recreação, ficando seu nome guardado na memória dos moradores mais antigos.
Segundo a Ecologia da Paisagem, o Arroio Vieira deveria atuar como um corredor ecológico, cortando a zona urbana e conectando os banhados na região de sua nascente ao Saco da Mangueira, uma enseada estuarina que posteriormente deságua no Oceano Atlântico. Dessa forma, é parte integrante do Estuário da Lagoa dos Patos. Além disso, conforme previsto pela Política Nacional de Recursos Hídricos (lei 9433/97), que prevê os usos múltiplos da água, o arroio e os ecossistemas do seu entorno deveriam servir como um ambiente para lazer, contemplação e contato da comunidade com a água.
Todavia, isso não ocorre. O Arroio Vieira foi desviado de seu curso e retilinizado (canalizado) no início da década de 80, passando a receber efluente tratado e in natura da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) Parque Marinha, bem como esgotos fluviais contaminados. Além disso, sofre vários outros impactos ambientais, como a disposição de lixo e construções irregulares em suas margens, a depleção total da mata ciliar, e a ausência de fiscalização e gestão da Área de Preservação Permanente (APP) ao longo do corpo hídrico, com o descumprimento visível de várias leis ambientais.
Com o rápido desenvolvimento do município e a pressão observada para a ocupação urbana na região de entorno do Arroio Vieira, torna-se urgente a necessidade de medidas visando estancar essa pressão e de recuperação da área degradada e da qualidade da água do arroio, devolvendo esse importante recurso e patrimônio ambiental para a comunidade local e visitantes, preservando-o para as gerações atuais e futuras.
Esse é o objetivo da Associação dos Amigos do Arroio Vieira - Pró-Vieira: a renaturalização do Arroio Vieira e dos ecossistemas do seu entorno, com a criação de um parque público ao longo do corpo hídrico, o Parque do Arroio Vieira, proporcionando à comunidade a realização de atividades socioculturais aliadas à preservação ambiental.
---------------------------------------------------------------
Como membros da comunidade, responsáveis não apenas pela degradação desse resquício de espaço natural em nossa comunidade (P. Marinha, P. São Pedro, Jardim do Sol) mas também pela falta de zelo pelo ambiente em que vivemos, cabe a nós lutar pela preservação das poucas áreas naturais de nossa cidade.
Abaixo segue o link de contato com a Associação Pró-Vieira. Outras informações serão divulgadas aqui. tanto sobre a Associação ou possíveis internvenções autônomas pela preservação de uma área que, ironicamente, é caracterizada como Área de Preservação Permanente.
Blog da Associação de Amigos do Arroio Vieira - Pró-Vieira
Contato com a Pró-Vieira: pro-vieira@hotmail.com
Ass: MagrO.
Localizado na zona urbana da cidade Rio Grande, o Arroio Vieira é um arroio de porte médio que divide os bairros Parque São Pedro, Parque Marinha e Jardim do Sol, que juntos compreendem mais de 25.000 moradores. Do ponto de vista histórico e arqueológico, o Arroio Vieira tem grande importância, pois dá nome à Tradição Vieira, que identifica um grupo de índios ceramistas que ocupavam a região há mais de 2500 anos, sendo os primeiros humanos a habitar a área onde hoje se situa o município do Rio Grande. Depois disso, ao longo da colonização e desenvolvimento da cidade, as águas do Arroio Vieira foram usadas pelas pessoas que viviam no entorno para diversas atividades, como a pesca, o cultivo de hortaliças e a simples recreação, ficando seu nome guardado na memória dos moradores mais antigos.
Segundo a Ecologia da Paisagem, o Arroio Vieira deveria atuar como um corredor ecológico, cortando a zona urbana e conectando os banhados na região de sua nascente ao Saco da Mangueira, uma enseada estuarina que posteriormente deságua no Oceano Atlântico. Dessa forma, é parte integrante do Estuário da Lagoa dos Patos. Além disso, conforme previsto pela Política Nacional de Recursos Hídricos (lei 9433/97), que prevê os usos múltiplos da água, o arroio e os ecossistemas do seu entorno deveriam servir como um ambiente para lazer, contemplação e contato da comunidade com a água.
Todavia, isso não ocorre. O Arroio Vieira foi desviado de seu curso e retilinizado (canalizado) no início da década de 80, passando a receber efluente tratado e in natura da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) Parque Marinha, bem como esgotos fluviais contaminados. Além disso, sofre vários outros impactos ambientais, como a disposição de lixo e construções irregulares em suas margens, a depleção total da mata ciliar, e a ausência de fiscalização e gestão da Área de Preservação Permanente (APP) ao longo do corpo hídrico, com o descumprimento visível de várias leis ambientais.
Com o rápido desenvolvimento do município e a pressão observada para a ocupação urbana na região de entorno do Arroio Vieira, torna-se urgente a necessidade de medidas visando estancar essa pressão e de recuperação da área degradada e da qualidade da água do arroio, devolvendo esse importante recurso e patrimônio ambiental para a comunidade local e visitantes, preservando-o para as gerações atuais e futuras.
Esse é o objetivo da Associação dos Amigos do Arroio Vieira - Pró-Vieira: a renaturalização do Arroio Vieira e dos ecossistemas do seu entorno, com a criação de um parque público ao longo do corpo hídrico, o Parque do Arroio Vieira, proporcionando à comunidade a realização de atividades socioculturais aliadas à preservação ambiental.
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Como membros da comunidade, responsáveis não apenas pela degradação desse resquício de espaço natural em nossa comunidade (P. Marinha, P. São Pedro, Jardim do Sol) mas também pela falta de zelo pelo ambiente em que vivemos, cabe a nós lutar pela preservação das poucas áreas naturais de nossa cidade.
Abaixo segue o link de contato com a Associação Pró-Vieira. Outras informações serão divulgadas aqui. tanto sobre a Associação ou possíveis internvenções autônomas pela preservação de uma área que, ironicamente, é caracterizada como Área de Preservação Permanente.
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Ass: MagrO.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Pimeiro post/PASSO...
Olá. Esperamos que vocês estejam bem. Realmente bem. Vivendo as vidas que sempre almejaram; Recebendo os salários que mereçem; Sentindo as emoções que necessitam para se sentirem vivos; Tendo acesso a toda tecnologia indispensável para o seu bem-estar; enfim, FELIZES.
MAS... se você - como eu, nós, e muitas outras pessoas que se esforçam muito para não demonstrar - sente constantemente que vive uma realidade mal explicada, contraditória, incoerente ou, até mesmo "MENTIROSA", é porque você sente que não há espaço na "vida feliz atual" para as suas inquietações.
Você ainda não se encaixou - e esperamos que isso NÃO aconteça - aos cubículos que a sociedade reserva para cada pessoa. Por não se encaixar, é bombardeado pela pressão social para se tornar "só mais um". Por mais que neste exato momento esteja criticando esse argumento, sabe muito bem que alguma verdade existe nele: você já sentiu essa pressão; você já sofreu essa pressão, você já exerceu essa pressão.
e o que fazer para enfrentar a pressão?: EXPRESSAR-SE!!!
Não importa como, onde, quando ou "quanto".
Expressar nossas individualidades é a única arma que temos para fugir/enfrentar a pressão que tenta nos engolir e nos tornar uma massa homogênea.
Concordo com você "senhor pessimista": pouco podemos mudar com essa frágil arma que temos. Mas ainda assim, temos armas, e o inimigo continua a pressionar. Se temos armas e podemos lutar - independente do resultado final - então devemos LUTAR.
Esse é o espaço para você se expressar, criticar, opinar, reagir, ser você mesmo.
Quer se expressar? Contra ou à favor, entre em contato - anônimamente se preferir - e mostre que está VIVO.
Ass: MagrO
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