Sobre este espaço

"Existem maneiras de pensar, agir e viver que possam ser mais satisfatórias, emocionantes, e principalmente dignas, do que as formas como pensamos, agimos e vivemos atualmente?"


Um de nossos tantos desejos... Se algum material que colocamos aqui, de alguma forma, estimular você a pensar ou sentir algo, pedimos de coração para que você use estas ideias. Copie, mude, concorde, discorde. A intenção deste blog é incentivar o questionamento e a intervenção das pessoas na sociedade. Pegue os textos, tire xerox, CONVERSE mais, faça por você, faça por todos nós, faça por ninguém. E se quiser, entre em contato(conosco, c/ qualquer um, com o meio, c/ a natureza...) Coletiva e humilde-mente - vive em paz, revolte-se!

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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Outros ambientes



Aí está uma verdadeira experiência de alternativas de convívio, humano e ambiental. O vídeo fala coisas importantes para se repensar as nossas vidas. Com o avanço da modernidade vivemos profundas crises, por assim dizer, sócio-ambientais. Não só as relações com os seres vivos em geral é violenta, como também, e ligado a isto, as relações entre humanos estão evidentemente doentias. Bom, dizer isto é praticamente "chover no molhado", uma vez que, de diferentes formas e intensidade, nós que vivemos na civilização sentimos os sofrimentos resultantes do modo de vida do qual dependemos.  E é neste sentido, repensando as coisas das quais dependemos e que nos matam, como uma droga, que as alternativas podem florescer.
É claro que a questão (qual?) não se resume a existência de alternativas a serem escolhidas (http://www.youtube.com/watch?v=_HEEXVtkVNc), mas, podemos pensar antes o que nos faz querer ficar dependendo da sociedade industrial e seus vícios, e porque desejaríamos/deveríamos criar outras coisas. Pois percebemos, mesmo que com irresponsabilidade, que quanto mais avançamos no sagrado progresso, mais damos de cara com a miséria humana. Fica cada vez mais inegável que não estamos no caminho certo e, ao mesmo tempo continuamos...Então, hoje em dia, com todas as propostas de melhorar este modo de vida através de coisas como a tecnologia e a ciência, ou então a promoção de uma responsabilidade social, ou quaisquer outras ideias que estejam partindo do princípio de que devemos continuar este modo de vida, podemos colocar em questão a necessidade e possibilidade de tentar construir outra coisa, mais saudável e verdadeira, uma vez que este mundo nos condena a suas inevitáveis consequências perversas.
Um exemplo disto é o que vejo na faculdade em relação à questão ambiental. É que se discute como despertar uma consciência ecológica apostando em consumo consciente, tecnologias limpas e etc., negando-se a importância de se caminhar para outra direção.  Em uma discussão sobre, por exemplo, as mudanças que virão com o crescimento da cidade de Rio Grande (http://www.youtube.com/watch?v=s_QdZevU8S0), fala-se em 'alternativas' para lidar com seus problemas. Para o fluxo de automóveis, mais vias e talvez surjam ciclovias; Para o problema de cursos hídricos, parques serão instaurados; até hortas comunitárias são uma possibilidade; todas as formas de compensação ambiental; estações de energia eólica, etc. "Pois é, mas o que você quer? Que tudo fique como está? Não vê que estas coisas são exemplos de melhorias", é disto que estou falando. Agora, a possibilidade de "começar do zero" com outras formas de lidar com a vida, com o tempo, com o espaço, trabalho, alimento, pessoas e seres vivos em geral, não é considerada ou é condenada como utópica, pois não poderíamos viver sem essas coisas essenciais como carros, armas, drogas, cinema, computadores, etc.

Matheus

domingo, 27 de novembro de 2011

Existe vida sem gaiola(?)!


Perceba-se...
Situar-se não significa apenas saber as horas, o nome da rua ou o dia do mês. No meio urbano vivemos(?) um cotidiano de ambientes desola-dores, onde quase não possuímos espaço! ...onde não exercemos, praticamente, nenhum tipo de contato com a Vida... com os seres e a natureza... ao redor... de onde estamos (?) essencialmente conhecendo-nos e reconhecendo-nos... relacionados de alguma maneira. Entretanto, com nosso comportamento, interrompemos constantemente suas transformações... desbravando... desmatando... matando, na maioria dos casos, em nome do tal ‘progresso’, orgulhosíssimo, que vacina os absurdos de nossa violência...  e inquestionável-mente... devasta(mos). Pode-se! ... Mas sim... perceber que o modo de vida ‘convencional’ que reproduzimos atualmente condena-nos a cada instante... com esta mesma violência imposta... que, no entanto, não é percebida. Durante nossa perigosa rotina, desconhecemos a Vida, ignoramos os ambientes... a nossa própria essência, a nossa própria história. O que viemos a compreender são apenas objetos (im)puramente materiais e... nocivos. ... No cenário artificial de nossas vidas... aprisionadas...
... de raízes cortadas...
... mas ainda vivas!


Rafael

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Floresomos...

... Florindo numa perspectiva de integralidade, germina-se uma reflexão alternativa para que pensemos a harmonia, em vida, como uma conexão entre os seres...
Pois nos encontramos amarrados, no desencontro...


Naturais, passeamos pela existência que cria a vida crua, dos seres nus, sem ruas. E por fora da “ponte do racional”, que a tudo ignora, flutuemos pelo que se faz, em paz... A veia é florida; a via, temida... e que tememos, naturalmente. Corremos pela veia, e não pela via. ... Como animais, contemplemos inteirados, nadando no todo ar, esse horizonte que (nos) eterniza, unindo, no brilho dos olhares, a vida. “—Bastar-me-ia viver assim, olhando, contemplando contigo, alada vida”... Naquilo que não precisamos explicar, apenas ser e sentir. Viajando por essa imensidão, voamos num instante à fluidez das harmonias: vislumbramos deslumbrados que, saindo de nossas cabeças muradas, deslizamos por uma pureza delicada, leve e colorida, tornando-nos integrados, num infinito laço de vida sem nó, e conosco, fora desses maquiados rostos que somos que somam menos vida...


E nesses sonhos...

Acordamos ou dormimos... se adormecidos, voamos acordados?

Desperto mais uma vez, somente em mim, trancado...

...

Rafael

sábado, 1 de janeiro de 2011

CITAÇÃO: Em que sentido o homem possui um poder crescente sobre a Natureza? (C. S. Lewis)

Vou postar aqui um pequeno trecho de A Abolição do Homem, um livro de C. S. Lewis, escritor irlandês que além de escrever obras acadêmicas também é o autor da ficção As Crônicas de Nárnia. Esse trecho é interessante para se pensar até onde pode ir o argumento dos benefícios gerados pelo homem ter "vencido" a Natureza.


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"Em que sentido o Homem possui um poder crescente sobre a Natureza?

Consideremos três exemplos típicos: o avião, o rádio e os anticoncepcionais. Numa comunidade civilizada, em tempos pacíficos, qualquer um que tenha dinheiro pode fazer uso dessas três coisas. Mas não se pode dizer estritamente que quem o faz está exercendo seu poder pessoal ou individual sobre a Natureza. Se eu pago para que alguém me leve a algum lugar, não se pode dizer que eu seja um homem que dispõe de poder. Todas e cada uma das três coisas que mencionei podem ser negadas a alguns homens por outros homens — por aqueles que vendem, ou por aqueles que permitem que sejam vendidas, ou por aqueles que possuem os meios de produzi-Ias, ou por aqueles que as produzem. Aquilo que chamamos de poder do Homem é, na realidade, um poder que alguns homens possuem, e que por sua vez podem ou não delegar ao resto dos homens. Novamente, no que se refere ao poder do avião ou do rádio, o Homem é tanto o paciente ou o objeto como o possuidor de tal poder, uma vez que ele é o alvo tanto das bombas quanto da propaganda. E, quanto aos anticoncepcionais, existe paradoxalmente um sentido negativo no qual todas as possíveis gerações futuras são os pacientes ou objetos de um poder exercido por aqueles que já vivem. Pela contracepção enquanto tal, simplesmente lhes é negada a existência; pela contracepção usada como meio de reprodução seletiva, são obrigados a ser, sem que ninguém os consulte, o que uma geração, por suas próprias razões, vier a escolher. Sob esse ponto de vista, o que chamamos de poder do Homem sobre a Natureza se revela como um poder exercido por alguns homens sobre outros, com a Natureza como instrumento."


(C. S. Lewis. A Abolição do Homem. página 24)

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Livro completo em .PDF: A Abolição do Homem
Livro encontrado em: Grupo de Discussões - Civilização


Ass: MagrO