Sobre este espaço

"Existem maneiras de pensar, agir e viver que possam ser mais satisfatórias, emocionantes, e principalmente dignas, do que as formas como pensamos, agimos e vivemos atualmente?"


Um de nossos tantos desejos... Se algum material que colocamos aqui, de alguma forma, estimular você a pensar ou sentir algo, pedimos de coração para que você use estas ideias. Copie, mude, concorde, discorde. A intenção deste blog é incentivar o questionamento e a intervenção das pessoas na sociedade. Pegue os textos, tire xerox, CONVERSE mais, faça por você, faça por todos nós, faça por ninguém. E se quiser, entre em contato(conosco, c/ qualquer um, com o meio, c/ a natureza...) Coletiva e humilde-mente - vive em paz, revolte-se!

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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Massa Crítica Cassino

Nesta sexta, 2/12, acontecerá mais uma massa crítica do cassino à Furg. O encontro será no Chapéu de Palha, ao lado da cancha de bocha na avenida rio grande, às 9:00h. Vamos celebrar mais uma pedalada neste trecho caótico e bonito que tem como cicatriz a rs-734, pois todos os dias, @s ciclistas são invisíveis e esquecid@s. MENOS CARRO, MAIS VIDA! O ESPAÇO EXISTE PARA TODOS SERES VIVOS!





segunda-feira, 13 de junho de 2011

Nos carros, nós carros



Sinto que nos comportamos como carros, como se estivéssemos (não) interagindo em uma auto-estrada lotada de automóveis com vidro fumê, indo e vindo sem parar. Sim, nas relações entre pessoas. Nas conversas muitas vezes. Cada um de nós (pessoa-carro) está seguindo seu caminho, seu trajeto, sua vida e, nas vias, passamos uns pelos outros. Em uma via com fluxo constante de pessoas/máquinas, o que há entre estas pessoas/máquinas? Dois carros se cruzam, naquele tempo/espaço... qual a interação? Qual sentido?
Existem problemas que não consiguimos ver por estarmos em função das coisas que estamos acostumados a fazer...
Do ônibus olho pela janela sorrisos, parece que não penso... que não sinto nada... só um vazio... gostaria de poder ver a minha cara de tédio olhando os outdoors, as pessoas, as vidas que passam... sempre passam... por mim...

Matheus

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dirigindo CARROS e cavalgando BOMBAS

        Você já percebeu alguma vez em sua vida que quanto mais rápido fazemos algo, mais temos pressa?

        É assim que vivemos nossas vidas. Sempre com pressa. Sempre tentando chegar, o mais rápido e confortavelmente possível, em lugares que nem ao menos desejamos estar. Pessoas compram carros velozes e motos ágeis para irem trabalhar em empregos que detestam. Pessoas usam os ônibus lotados e caros para irem ás escolas que, no fundo, acham um grande saco. E assim seguimos, tentando chegar cada vez mais rápido. Sempre preocupados com o trajéto, mas nunca com o destino.

        Todos nós sabemos que a cultura de usar carros particulares é mortal para nós, para os outros e até para o meio ambiente. Sabemos que sempre que saímos de casa dirigindo um carro, estamos aumentando as chances de causar um acidente grave onde, além de nós mesmos, podemos acabar com a vida de outras pessoas. Sabemos que a cada dia que saímos de casa dirigindo um carro, estamos contribuindo para a degradação insana do meio ambiente natural onde vivemos. Mas, ainda assim, saímos de casa dirigindo nossas luxuosas e (IN)úteis máquinas de destruição.

       Mas como culpar os motoristas solitários, presos voluntários em suas caixas ambulantes de metal e vidro? Afinal, a culura de nossa civilização levantou o carro em um pedestal de ouro, como se fosse uma relíquia, uma medalha. Na cultura do "ter é ser", TER um carro significa SER como o carro. Quanto mais bonito, veloz, potente e caro é seu automóvel, mais bonito, eficiente, e rico você é. É assim que as pessoas de minha geração enxergam essa praga motorizada.
  
       É só visitar uma cidade grande como São Paulo, Rio de Janeiro etc. que você perceberá que, em nosso futuro, não existirá tantos automóveis. O futuro não terá tantos carros, o futuro NÃO PODE ter tantos carros. Com tantos automóveis como há hoje, e com o aumento assutadoramente crescente de carros que são produzidos e vendidos a cada dia, não haverá futuro. Hoje, uma das práticas mais insustentáveis que cultivamos é a cultura, ou talvez encaixe melhor "loucura", de querer ter carro como um símbolo de status.

        Não estou te culpando se você adora automóveis e diz que nunca deixará de ter um. Afinal, o automóvel é o novo ópio do povo. Comprar um carro, em nossa cultura, é a forma mais fácil de agradar as pessoas à sua volta. É uma forma de ser bonito para todos, sem precisar se dar ao trabalho de procurar alguém que te ache bonito pelo que você é. É uma forma fácil de ser requisitado pelos amigos, sem precisar se dar ao trabalho de mostrar sua importância para eles pela sua personalidade. É uma forma fácil de adquirir status, sem precisar lutar tantas outras batalhas que te elevem ao mesmo nível. As consequências? Pouco importam. Afinal, todo dia nossa cultura sussurra em nosso ouvido:

"Já está tudo perdido, cedo ou tarde tudo acabará, não há como mudar. Aproveite o dia de hoje, e só se preocupe com as consequêcias se elas atingirem você"


Estamos cavalgando em uma bomba atômica... e só conseguimos pensar em quão legal e divertido isso é.
      





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Ass: MagrO

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O MICRO-MUNDO ENTRE NOSSOS CARROS E NOSSA CIVILIZAÇÃO


Quanto mais nossa civilização avança em alta velocidade – com um veículo sem freios - pela auto-estrada do “progre$$o”, mais as pessoas sofrem as conseqüências dessa corrida sem fim. Vemos se aproximar cada dia mais o fim desse caminho, e nele está escrito: ‘RUA SEM SAÍDA – FAÇA O RETORNO’. Porém, nosso veículo já está no limite de velocidade e sem freios, incapacitado de parar – e muito menos de ‘retornar’.

 Algumas pessoas, com suas visões turvas pela alta velocidade e entorpecidos pela adrenalina de ser ‘O MAIS VELOZ’, não conseguem ler o que diz na placa e seguem cegas, querendo acelerar mais e mais. Outras, já acostumadas com a velocidade, lêem com medo o que a placa alerta, mas, já viciados a viver nessa corrida “sem fim”, inventam mentiras para se auto-convencerem de que a placa é falsa e, para manter a velocidade do carro, disseminam essa mentira iludindo qualquer pessoa que tente se esforçar para entender os alarmes espalhados pela rua – destroços de carros antigos que alertam para os perigos desse caminho - que os outros passageiros ignoram.

Esse veículo está lotado, seu limite de espaço já foi ultrapassado há muito tempo. As pessoas se aglutinam e, quando uma se irrita com a falta de mobilidade, empurra uma mais fraca pela janela...: “É só um a menos, agora todos tem mais espaço” - é o que dizem...porém, no instante seguinte surgem mais dois novos passageiros para ocupar o lugar do último sacrificado. E o pior de tudo é que, mesmo amontoados e grudados uns aos outros, os passageiros não se conhecem e mal se olham nos olhos. Toda uma vida espremidos uns nos outros e ainda assim não desejam se conhecer e aprender uns com os outros. Todos sofrem do mesmo mal, todos são passageiros do mesmo veículo, todos são “iguais”, mas se esforçam para exaltar suas diferenças. Eles se odeiam. Odeiam uns aos outros só pela existência dos outros. Odeiam o fato do outro estar ocupando um lugar que poderia ser seu. Eles cobiçam o assento confortável do motorista e protestam por não terem oportunidade de assumir o volante. Mas não conseguem perceber que o motorista será o primeiro a morrer quando a estrada chegar ao seu fim.

 E assim seguem sua viagem entediante, desconfortável, sem rumo, insana e suicida. Continuam esperando chegar ao destino que nem mesmo conhecem, jogando uns aos outros pelas janelas, cobiçando os espaços dos outros, odiando uns aos outros, sonhando em se tornarem O MOTORISTA e nem ao menos se preocupando em tentar enxergar o que os avisos tentam lhes dizer.

CONTINUAM ACHANDO QUE SÓ PRECISAM IR MAIS RÁPIDO PARA CHEGAREM LOGO ONDE DEVEM CHEGAR.

E o mais triste é saber que eles já são tantos que podem parar esse carro facilmente. Só precisam acabar com os poucos motoristas que dirigem essa diligência rumo ao fim. Só precisam perceber que seu problema não é a falta de espaço, nem a incapacidade de alcançar o volante, nem mesmo o enjôo pela alta velocidade que o veículo proporciona, mas sim, enxergar que o próprio veículo é o problema.

JÁ NÃO SEI SE AINDA É POSSÍVEL PARAR ANTES DO FIM DA ESTRADA, MAS SEI QUE O MÍNIMO QUE ESSES PRISIONEIROS PODEM FAZER É PROVOCAR UM ACIDENTE. QUEM SABE ASSIM ALGUÉM POSSA SOBREVIVER E CONTAR AOS SEUS FILHOS TODOS OS PERIGOS DA VELOCIDADE.


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Ass: MagrO