Sobre este espaço

"Existem maneiras de pensar, agir e viver que possam ser mais satisfatórias, emocionantes, e principalmente dignas, do que as formas como pensamos, agimos e vivemos atualmente?"


Um de nossos tantos desejos... Se algum material que colocamos aqui, de alguma forma, estimular você a pensar ou sentir algo, pedimos de coração para que você use estas ideias. Copie, mude, concorde, discorde. A intenção deste blog é incentivar o questionamento e a intervenção das pessoas na sociedade. Pegue os textos, tire xerox, CONVERSE mais, faça por você, faça por todos nós, faça por ninguém. E se quiser, entre em contato(conosco, c/ qualquer um, com o meio, c/ a natureza...) Coletiva e humilde-mente - vive em paz, revolte-se!

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domingo, 14 de novembro de 2010

GRITO DOS DESCONTENTES


O que uma pessoa faz quando chega ao aterrorizador momento da vida em que percebe que nenhuma das alternativas normais de “formas de viver” faz sentido e, nem ao menos, valem a pena?
Viver a vida toda esperando o dia da “felicidade” é uma ilusão que soa quase como infantil. Trabalhe bastante e, se não está bom assim, trabalhe mais; e se não está bom assim, você está no emprego errado, procure o certo. O problema sempre está em você, e nunca à sua volta. Se as coisas estão ruins a culpa é sempre sua – é o que nossa cultura diariamente nos ensina subliminarmente. Será que a culpa não está no lugar onde você vive?
Qual dos estágios do inferno de Dante é o melhor? É com esse tipo de lógica que nossa cultura trabalha. Afinal, a pergunta certa não seria: qual dos estágios do inferno de Dante é o “menos pior”? – na falta de uma palavra que expresse melhor o terror que é ter que escolher um lugar no inferno. Não quero escolher em que parte do inferno quero viver. Quero descobrir como sair do inferno.
Mas o que fazer? Nada nessa vida poderia me dizer o que fazer. Ops, esqueci, existe uma coisa que minha cultura diz para fazer nessas ocasiões: suicídio. É assim que minha cultura trata suas anomalias. Num passado não muito distante, a regra era essa: se sai da máquina com defeito, joga fora.  A regra agora é outra: se sai da máquina com defeito, não se preocupe, faremos com que ele mesmo se jogue no lixo. É mais ou menos assim que vejo o suicídio, se não é hábil o suficiente para jogar, saia do jogo. Queria eu poder saber uma forma de jogar no outro time. Bom, até que ponto o fato de tratar a vida como um jogo não é indício de que estou imerso bem fundo na “entidade” que faz tudo ser assim, tão ruim? Quem é essa “entidade”? Talvez a cultura que seguimos, talvez eu mesmo, talvez nada. Quem poderia dizer com precisão?
O suicídio não é a melhor saída, pelo menos no momento não parece ser. Pra mim, o suicídio assemelha-se ao entregar-se totalmente á uma droga. Assinar seu pacto de fraqueza e deixar cair suas armas aos pés do inimigo.
Essa é a saída criada pela própria “cultura da in-felicidade” para as anomalias que não conseguem se encaixar em sua massa homogênea e padronizada. Uma saída formulada pelo inimigo não é uma saída confiável. Seu inimigo nunca lhe entregará a salvação, nem por pena nem por nada.
Volto à pergunta: mas o que fazer? Por enquanto, a única coisa que penso ser viável a fazer é, por mais inútil que seja, escrever isso. Registrar uma experiência de descontentamento. Mostrar que em uma cultura que se gaba por oferecer infinitas possibilidades de se tornar feliz, existe um grande problema...
NINGUÉM ESTÁ REALMENTE FELIZ!

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Ass: MagrO

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O MICRO-MUNDO ENTRE NOSSOS CARROS E NOSSA CIVILIZAÇÃO


Quanto mais nossa civilização avança em alta velocidade – com um veículo sem freios - pela auto-estrada do “progre$$o”, mais as pessoas sofrem as conseqüências dessa corrida sem fim. Vemos se aproximar cada dia mais o fim desse caminho, e nele está escrito: ‘RUA SEM SAÍDA – FAÇA O RETORNO’. Porém, nosso veículo já está no limite de velocidade e sem freios, incapacitado de parar – e muito menos de ‘retornar’.

 Algumas pessoas, com suas visões turvas pela alta velocidade e entorpecidos pela adrenalina de ser ‘O MAIS VELOZ’, não conseguem ler o que diz na placa e seguem cegas, querendo acelerar mais e mais. Outras, já acostumadas com a velocidade, lêem com medo o que a placa alerta, mas, já viciados a viver nessa corrida “sem fim”, inventam mentiras para se auto-convencerem de que a placa é falsa e, para manter a velocidade do carro, disseminam essa mentira iludindo qualquer pessoa que tente se esforçar para entender os alarmes espalhados pela rua – destroços de carros antigos que alertam para os perigos desse caminho - que os outros passageiros ignoram.

Esse veículo está lotado, seu limite de espaço já foi ultrapassado há muito tempo. As pessoas se aglutinam e, quando uma se irrita com a falta de mobilidade, empurra uma mais fraca pela janela...: “É só um a menos, agora todos tem mais espaço” - é o que dizem...porém, no instante seguinte surgem mais dois novos passageiros para ocupar o lugar do último sacrificado. E o pior de tudo é que, mesmo amontoados e grudados uns aos outros, os passageiros não se conhecem e mal se olham nos olhos. Toda uma vida espremidos uns nos outros e ainda assim não desejam se conhecer e aprender uns com os outros. Todos sofrem do mesmo mal, todos são passageiros do mesmo veículo, todos são “iguais”, mas se esforçam para exaltar suas diferenças. Eles se odeiam. Odeiam uns aos outros só pela existência dos outros. Odeiam o fato do outro estar ocupando um lugar que poderia ser seu. Eles cobiçam o assento confortável do motorista e protestam por não terem oportunidade de assumir o volante. Mas não conseguem perceber que o motorista será o primeiro a morrer quando a estrada chegar ao seu fim.

 E assim seguem sua viagem entediante, desconfortável, sem rumo, insana e suicida. Continuam esperando chegar ao destino que nem mesmo conhecem, jogando uns aos outros pelas janelas, cobiçando os espaços dos outros, odiando uns aos outros, sonhando em se tornarem O MOTORISTA e nem ao menos se preocupando em tentar enxergar o que os avisos tentam lhes dizer.

CONTINUAM ACHANDO QUE SÓ PRECISAM IR MAIS RÁPIDO PARA CHEGAREM LOGO ONDE DEVEM CHEGAR.

E o mais triste é saber que eles já são tantos que podem parar esse carro facilmente. Só precisam acabar com os poucos motoristas que dirigem essa diligência rumo ao fim. Só precisam perceber que seu problema não é a falta de espaço, nem a incapacidade de alcançar o volante, nem mesmo o enjôo pela alta velocidade que o veículo proporciona, mas sim, enxergar que o próprio veículo é o problema.

JÁ NÃO SEI SE AINDA É POSSÍVEL PARAR ANTES DO FIM DA ESTRADA, MAS SEI QUE O MÍNIMO QUE ESSES PRISIONEIROS PODEM FAZER É PROVOCAR UM ACIDENTE. QUEM SABE ASSIM ALGUÉM POSSA SOBREVIVER E CONTAR AOS SEUS FILHOS TODOS OS PERIGOS DA VELOCIDADE.


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Ass: MagrO

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Não deixe a vida te levar!


"Não deixe a vida te levar.

Quando chove, todos reclamam.
Quando faz calor, todos reclamam.
Mas quando está bom ninguém sabe o que fazer.

E todos sabem que é assim que as coisas sempre são.
São problemas tão pequenos e...
existe um mundo imenso por ai.

Para aguentar tanta liberdade é sonhar ou morrer."


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Letra: Não deixar a vida te levar - Charme Chulo


Ass: MagrO