Animação retirada do blog
Uma Nova Cultura. É o mesmo blog que está ali na parte de links, com o nome de Crítica à Civilização.
Acredito que praticamente todas as pessoas que tem ou querem ter filhos, ou mesmo quem não pensa em ter, enfim, todos aqueles que tem algum afeto com as crianças, desejam um mundo melhor do que este de hoje. Me incluo neste grupo e, penso eu, quase todas as pessoas desejam deixar para quem (sobre)viverá no futuro, algo de bom. Pois bem, falamos em educação, futuro, em "vencer na vida", etc. Mas, como mostra a animação acima, transmitimos uma visão de mundo egoísta, gananciosa, consumista. É claro que não dá de jogar toda a culpa em cima dos pais. Os próprios pais se deparam com uma sociedade de consumo, competitiva, injusta.
Somos formados em meio a tudo isso. A propaganda publicitária, a concorrência profissional, a mentalidade do "ter que ter mais, sempre", o individualismo, esta infinita busca por "algo melhor" por meio do dinheiro, toda esta espiral da sociedade que vive mudando e se reproduzindo, tudo isso e muito mais, nos esmaga, nos expreme em moldes inconfortáveis, nos obrigando a viver uma vida inteira obedecendo, aceitando, consumindo, assistindo, impondo, dominando, sendo dominado, consumindo mais, ganhando, sonhando um sonho de consumo,e por aí vai. Mas, dificilmente VIVENDO.
Acredito eu, que por nos ACOSTUMARMOS A NOS ACOSTUMAR com toda desgraça do mundo, acabamos por transmitir para as crianças que estão crescendo, a ESSÊNCIA da visão de mundo que nos levou (e nos leva, é claro) à decadência. De uma maneira muito, muito simples, pra resumir: "Viemos até aqui, vivendo neste modo de vida. Não é nada bom, na verdade, por vários motivos é insatisfatório, cruel e desumano. Mesmo assim ensinarei meu filho a NUNCA duvidar deste modo de vida, e assim será (não sei como) melhor".
Não sei como as pessoas devem viver, nem acho que alguém possa ou deva saber. Mas acredito que as pessoas ainda são seres humanos capazes de APRENDER UNS COM OS OUTROS, e assim poder um dia, como diz Eduardo Galeano, "simplesmente viver, como o pássaro que canta sem saber que canta, como a criança que brinca sem saber que brinca".
Ass: Matheus