Sobre este espaço

"Existem maneiras de pensar, agir e viver que possam ser mais satisfatórias, emocionantes, e principalmente dignas, do que as formas como pensamos, agimos e vivemos atualmente?"


Um de nossos tantos desejos... Se algum material que colocamos aqui, de alguma forma, estimular você a pensar ou sentir algo, pedimos de coração para que você use estas ideias. Copie, mude, concorde, discorde. A intenção deste blog é incentivar o questionamento e a intervenção das pessoas na sociedade. Pegue os textos, tire xerox, CONVERSE mais, faça por você, faça por todos nós, faça por ninguém. E se quiser, entre em contato(conosco, c/ qualquer um, com o meio, c/ a natureza...) Coletiva e humilde-mente - vive em paz, revolte-se!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ELEIÇÕES: Com qual molho você quer ser devorado? - Nota dez na prova de passividade conformista.

Os meios de comunicação(vocês sabem quais) nos mostram que o maior ato de cidadania é o ato de votar. "Vote consciente", "escolha", "exerça sua cidadania", etc. Os candidatos, por sua vez, TODOS eles fazem discursos que exaltam mudanças, nova política, saude, segurança, e SEMPRE alimentam o deus econômico chamado progresso. Mas não pára por aí a decisiva escolha do passivo eleitor: é nosso dever cobrar de nossos representantes um mandato  de qualidade. A equação é perfeita! Você faz seu papel de importantíssimo cidadão, escolhendo as opções já dadas, elegendo quem sempre vai melhorar a sua vida, e você não lava as suas mãos depois que vota, pois deve fiscalizar com rigor os governantes.


  A saúde vai melhorar, pois serão construidos mais hospitais, o que sugere que mais pessoas vão precisar ir a hospitais, por causa de seu progresso na saúde.  A segurança vai melhorar, pois mais policiais estarão nas ruas. A educação vai melhorar, pois mais crianças serão obrigadas a irem para escola, engolir verdades, e exercitar mais o seu dever de obedecer contra a vontade, sempre. A qualidade de vida vai aumentar, pois mais pessoas vão poder comprar mais coisas. O meio ambiente vai estar saudável, pois nós, seres humanos racionais e civilizados, auto-proclamados donos da Terra (Terra, nosso lar, que continuamos devastando para continuar vivendo neste modo de vida), vamos continuar pensando que a natureza é nossa propriedade a nosso serviço. E agora ainda falamos em proteger a natureza, já que não aceitamos a humilhação de sermos protegidos por ela. A pobreza tambem melhorará, pois mais remédios serão dados para amenizar o sofrimento, nunca para acabar com ele. Mais migalhas cairão das mesas dos ricos para as bocas dos pobres. E mais pessoas alcançarão a reconpensa por viver cultivando a competição e a indiferença e assim, ao invés de comer migalhas, deixarão cair para os que tomaram seus antigos postos. As pessoas realizarão seus sonhos. Apenas os que são gentilmente oferecidos goela a baixo, que são, é claro, os sonhos de consumo.

 "Sempre há espera(nça)"     

Soluções propostas pela mesma essência da visão de mundo que gerou problemas globais profundos, nos são mostradas como se fossem salvações que temos de agradecer.
Nada mais precisa ou pode ser feito. Sempre existiram aquelas pessoas capacitadas para guiar o rumo da vida em sociedade. São os experts no assunto, e portanto podemos e devemos ficar tranquilos, mesmo que sintamos desespero. Em algum lugar estão tomando conta de tudo. Não há com o que se preocupar. O estado que chegamos foi mérito dos grandes entendedores. O comum, o qualquer, o zé ninguém, nunca pôde dar conta de sua vida pois nunca estará preparado. Estes devem ser educados, quer dizer, aprender a arte de se conformar.

Ass: Matheus

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Direito de Sonhar





Podemos ter sonhos que não são sonhos de consumo.

Ass:Matheus

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

"VIOLENTAMENTE PACÍFICO"

VIVA EM PAZ, REVOLTE-SE!

 "...vocês estão se dando mal, nós já descobrimos qual é a causa de nosso problema. Não são os efeitos que vocês nos fazem combater como causas...não são as drogas, não é o crime...nós sabemos que é o USO e abuso do poder, da autoridade..."

XII Festival Nacional a Imagem em 5 Minutos 2008- Violentamente Pacífico é um video de Gabriel Teixeira realizado no Bairro da Paz(Periferia de Salvador-BA) entrevistando Ras Mc Léo Carlos.
O cara fala, revoltado, sobre a indiferença e crueldade resultantes de um sistema aonde a desigualdade social/econômica destroi o futuro de quem sofre e, cada vez mais, mata toda a humanidade. Ele não fala de sua revolta em teorias, mas sim em seus sentimentos, o que não quer dizer que não tenha conhecimento. Enfim... só vendo... 





Ass: Matheus

domingo, 19 de setembro de 2010

O MUNDO MÁgiCO dos NúMeros ( EGBI od saicépirep)

 
"Existe um país em terras não muito distantes cuja população se restringe a dois habitantes. 
O primeiro é bem sucedido, famoso empreendedor, fatura 1 milhão. O outro um completo 
fudido, não tem nem emprego , não ganha um tostão. Turista que chega se espanta 
com a realidade. Parece mentira, é a síntese da desigualdade. No entanto, em
nenhum canto do mundo, país mais rico ninguém nunca viu. Na terra da desigualdade
a renda per capta é de 500.000."

Texto extraído do site da banda El Efecto,  na página de "ideias e ideais". Todos os textos são muito bons, nos dão uma sensação de dúvida em relação à nossa vida (para usar palavras que estão em um dos textos) na "máquina do cotidiano".

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Ciclismo em Rio Grande - Por uma cidade amiga da bicicleta


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Ass: MagrO

Por uma existência mais reflexiva


Imaginem o potencial de transformação humano em uma sociedade em que as pessoas agem mediante reflexões criticas de seus atos em concepção global. Imaginem as mudanças estruturais que poderiam surgir em decorrência de uma simples mudança de postura nas ações cotidianas. Imaginem uma sociedade que, diferente de nossa sociedade atual, não se deixa levar pelo fluxo da ordem social vigente.
Esta é uma utopia que, se comparada com outras por ai, nem é tão utópica assim. Pensar e se auto-questionar criticamente é a única revolução que esta utopia necessita para se tornar realidade. Ainda assim, essa revolução parece ser tão sonhadora quanto qualquer outra já proposta na história do pensamento.
Estamos acostumados a viver em um mundo de plástico. Tudo em que tocamos, sentimos, vivemos e acreditamos torna-se produto e seu processo de criação restringe-se ao processo de produção indústrial (inclusive para o que NÃO é industrial). Até mesmo os sentidos tornam-se “produtos industriais”. Em um cotidiano super-veloz nos tornamos escravos dos relógios e fragmentamos nosso dia-a-dia em tantas partes cronometradas que mal podemos enxergar a nossa vida como um todo. As experiências humanas tornam-se artificiais, plásticas. Aparentar ser é mais proveitoso do que realmente SER. Nessa sociedade (que se pretende acéfala), os fins nunca justificaram tanto os meios.
A cultura de nossa civilização é bem clara quanto a isso. Jacques Ellul, um filósofo francês, diz: “Nossa cultura estimula o reflexo, e não a reflexão.” O reflexo é o novo inimigo da reflexão. Agir primeiro, pensar depois (ou, às vezes, “agir primeiro e, depois, agir novamente”) é o que nosso cotidiano e o ambiente em que vivemos nos estimulam a botar em prática. Quantas pessoas se auto-criticam antes de fazer uma critica ao outro? Quantas vezes tentamos pensar na cadeia de processos que desencadearam nas ações que praticamos diariamente? Quantas vezes nos preocupamos com as conseqüências de nossos atos e costumes?
 Essas são perguntas que pouco se ouve na sociedade em que vivemos. Salvo algumas poucas exceções, como a Universidade, que apesar de se propor como um espaço de elaboração de métodos de transformação social, apenas reproduz os mesmos valores que compõem a cultura responsável pela criação e disseminação dos problemas que tenta combater; os movimentos sociais, que apesar de necessários e, em certo grau, eficazes, se restringem a um assistencialismo desesperado que pouco contribui para uma mudança de paradigmas sociais; e, creio que por fim, os partidos políticos que, por motivos óbvios, não têm a mínima pretensão de mudar a ordem vigente. Logo, levanto outra pergunta: Onde está a reflexão? O que aconteceu com ela? Foi esquecida, legada, subtraída? Tornou-se monopólio das elites intelectuais? Foi ceifada da sociedade como um todo ou nunca a sociedade a teve?
Essas são perguntas que não posso responder, pelo menos não com certeza. Alias, nem vem ao caso responder todas elas. A pergunta realmente pertinente ao momento na verdade é: ONDE FOI PARAR A SUA REFLEXÃO?
Apenas três hipóteses me vêm à cabeça no momento: sua reflexão está adormecida, aprisionada em uma jaula bem forte e que, por desuso, tornou-se alheia a você; ou ela não existe, foi ceifada por completo ou nunca lhe foi atribuída (o que, obviamente, acho pouco provável); e, por fim, sua reflexão é atuante em você, porém, é massacrada e transpassada pela pressão exterior. Em outras palavras, você usa sua capacidade de reflexão, mas seus reflexos (fortemente exercitados pela cultura em que vive) são mais fortes e esmagam qualquer tentativa de atuar reflexivamente.
Você deve estar perguntando onde eu quero chegar com isso. Em lugar algum. Esse é um exercício de reflexão, e não uma ação de reflexo. Meu objetivo não é passar uma idéia, mas sim contrapor a sua e combatê-las dialeticamente a fim de obter um resultado mais satisfatório e sensato. Esse é um exercício de como agir no dia-a-dia para fugir da tendência a não-refletir sobre os atos e conseqüências da vida. Nunca poderia saber o que esse texto poderia gerar ao entrar em contato com sua visão sobre o assunto, mas, com certeza (supondo que você seja uma pessoa sensata que sabe escutar e aproveitar as diversidades de saberes), será uma visão mais reflexiva e coerente sobre o assunto.

PS: “Se discordou de alguma coisa é porque o processo de construção de um saber reflexivo deu algum resultado, logo, seja uma pessoa inclusiva e compartilhe conosco o seu ponto de vista, ele será escutado com atenção.”

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Ass: MagrO

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

DICA DE BANDA - El Efecto

"Admira o próprio carrasco, pois no fundo é ele quem você queria ser pra pisar em todo mundo, inclusive naquele que no caso é você!" 
Banda oriunda do estado do Rio de Janeiro, El Efecto faz um som muito trabalhado instrumentalmente, com misturas de ritmos e distorções pesadas. A banda pode se encaixar na definição de rock alternativo, ou música alternativa. Mas é importante deixar bem claro que não se trata de nenhum daqueles clichês do rock cheios de rótulos novos, que são fabricados aos montes.
Suas letras falam de uma diversidade de sentimentos - raiva, indignação, desilusão - sempre cheio de sarcasmo, ironia e por aí vai... O impacto profundo e especialmente negativo que a cidade causa nas pessoas é um tema frequente nas letras.



TILT

Vamos todos celebrar! O progresso chegou
trazendo fome, miséria, desemprego e dor
Eu me sinto humilhado e guardo rancor
pois no trabalho eu fui trocado por um robô

Meu corpo rola cansado pela esteira da linha de montagem
sigo sendo triturado nas rodas dentadas dessa engrenagem
Mais um pro estoque dos inofensívos
Sacrificado pra satisfazer os deuses corporativos

Quem tira o brilho da vida não é a cidade
e sim seu jeito de robô sem espontaneidade
Pessoas só fazem o que já foi feito
Pessoas só repetem o que já foi dito

Pode ir no seu carro à jato, com a mais moderna embreagem
eu prefiro ir à pé, caminhando e observando a paisagem
Foda-se seu carro à jato e toda sua modernidade
Na ruptura da rotina é onde se esconde a felicidade

Vamos todos celebrar meu novo computador!
Vamos todos celebrar a minha puta dor!

Linke! Site da banda

O imenso vazio de sentido (mascarado por anestesias drogantes como o entretenimento, rotina, "obrigações", etc.) que a sagrada sociedade atual injeta nas mentes e corações de seus habitantes, pode ser um vasto território para a arte se revoltar.

Ass: Matheus

sábado, 11 de setembro de 2010

Nem direitos nem humanos


Trecho de um dos textos do livro "O Teatro do Bem e do Mal" de Eduardo Galeano:

"Há mais de meio século as Nações Unidas (ONU) aprovaram a Declaração Universal dos Direitos do Homem, e não há documento internacional mais citado e elogiado.


Não é criticar por criticar: nessa altura, parece-me evidente que a Declaração falta muito mais do que aquilo que tem. Por exemplo, ali não figura o mais elementar dos direitos, o direito de respirar, que se tornou impraticável neste mundo onde os pássaros tossem. Nem figura o direito de caminhar, que já passou a categoria de façanha, ao remanescerem apenas duas classes de caminhantes, os ligeiros e os mortos. E tampouco figura o direito à indignação, que é o menos que a dignidade humana pode exigir quando condenada a ser indigna; e nem o direito de lutar por outro mundo possível, ao tornar-se impossível o mundo tal qual é.

Nos trinta artigos da Declaração, a palavra liberdade é a que mais se repete. A liberdade de trabalhar, receber salários justos e fundar sindicatos. Mas são cada vez mais numerosos os trabalhadores que, hoje em dia, não têm sequer a liberdade de escolher o tempero com que serão devorados.

Não figura na lista o direito de desfrutar dos bens naturais, terra, água, ar, e de defendê-los contra qualquer ameaça. Tampouco figura o direito suicida de exterminar a natureza, exercitado com entusiasmo pelos países que compraram o planeta e estão a devorá-lo. Os demais países pagam a conta, num mundo que tem o costume de condenar as vítimas, a natureza leva a culpa dos crimes que contra ela são cometidos.

‘Toda pessoa tem o direito de circular livremente’, afirma o artigo 13. Circular, sim, Entrar, não. As portas dos países ricos se fecham nos narizes de milhões de fugitivos que peregrinam do sul para o norte, e do leste para o oeste, fugindo das lavouras aniquiladas, dos rios envenenados, das florestas arrasadas, dos mercados despóticos e dos salários nanicos. Uns quantos morrem na tentativa, mas outros conseguem se esgueirar por baixo da porta. E lá dentro, na terra prometida, eles são os menos livres e os menos iguais.

O artigo 28 estabelece que ‘todos temos o direito a uma justa ordem social e internacional’. As mesmas Nações Unidas nos informam, em suas estatísticas, que quanto mais progride o progresso, menos justo se torna.

A Declaração proclama, a realidade trai. Ninguém poderá suprimir nenhum destes direitos, assegura o artigo 30, mas há alguém que bem poderia comentar: ‘Não vê que eu posso?’. Alguém, ou seja: o sistema universal de poder, sempre acompanhado pelo medo que infunde e pela resignação que impõe.

Segundo o presidente Bush, os inimigos da humanidade são o Iraque, o Irã e a Coréia do Norte, principais candidatos para seus próximos exercícios de tiro ao alvo.

Suponho que chegou a essa conclusão ao cabo de profundas meditações, mas sua certeza absoluta me parece, ao menos, passível de dúvida. E o direito à dúvida, afinal, também é um direito humano, embora não o mencione a Declaração das Nações Unidas.” (Eduardo Galeano)


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Jogar com as armas do inimigo? Impossível quando o inimigo conhece tão bem e a tanto tempo suas próprias armas a ponto de fazer com que elas se pareçam flores. 
 
Cuidado. Algumas flores têm espinhos.
 
 
Ass: Magro

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Da Servidão Moderna

“Meu otimismo está baseado na certeza que esta civilização vai desmoronar. Meu pessimismo em tudo aquilo que ela faz para arrastar-nos em sua queda.”
 

"Da servidão Moderna" é um documentário feito com imagens de outros filmes e documentários. Com citações de filósofos de diferentes épocas, uma voz fica lendo um texto que não têm dó em mostrar e atacar a acomodação no sofrimento que o escravo moderno é forçado a cultivar, isso enquanto imagens cheias de provocação passam. Uma síntese deste estilo de vida poderia ser, para usar um trecho do documentário:"OBEDECER, PRODUZIR, CONSUMIR". Aí vai um trecho sobre a divulgAção do documentário:
  
"A difusão do filme está voluntariamente fora de todo circuito mediático ou comercial, depende da boa vontade dos companheiros de assegurar sua difusão da maneira mais ampla possível. Sintam-se então completamente à vontade para organizar a projeção deste filme dentro das condições que mais lhes forem  convenientes."


 Sobre o objetivo principal do filme:

"O objetivo principal deste filme é de por em dia a condição do escravo moderno dentro do sistema totalitário mercante e de evidenciar as formas de mistificação que ocultam esta condição subserviente. Ele foi feito com o único objetivo de atacar de frente a organização dominante do mundo."

Aqui vão os os links para baixar ou assistir, além do site aonde se encontra também o texto que é lido no vídeo:

Ass: Matheus

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sobre o conversar e discUrSAR dAS PESSOAS

“... e as bocas vomitam discórdia e blá, blá, blá...” – Trecho da letra de “Opiniões”, música da Livre Imposição Social


A passividade moderna continua sendo reproduzida nas mais despercebidas atividades no cotidiano. É difícil conversar aonde só se ouvem/falam discursos intransigentes. O discurso estrangula o potencial de ação coletiva e horizontal (sem hierarquia) de uma conversa. Talvez discursos estejam nas conversas, mas a conversa não está no discurso.
Tudo bem... discursos motivam pessoas, não estou contrariando isto. O que venho criticar é a submissão e a passividade que sofre quem só ouve e não fala (ou não é ouvido). Da mesma forma, quem só fala e não ouve exerce uma dominação ou se preferir, uma manipulação. Não estou dizendo para que cada um se feche em sua individualidade e assim ache as respostas verdadeiras. Isto seria a mesma coisa: ao invés de reproduzir dogmas já feitos, criamos uns novos. 

Acredito que exista uma enorme confusão quando “damos a nossa opinião”. Existe, na minha opinião(?!), um tanto de orgulho, arrogância e vaidade exagerados nisso. Muitas vezes, quando vamos dar (ou “enfiar goela a baixo”) uma opinião, partimos, quase que inconscientemente, da idéia de que a nossa opinião é uma verdade. E sendo assim, dentro de uma discussão nos forçamos a não levar em conta o que o outro tem a dizer. Não estou sendo a favor de que aceitemos o que os outros dizem como verdade. NÃO. Aí é que está o problema ao meu ver: OU TU ACEITA PASSIVAMENTE, OU TU IMPÕE!
Acredito que pessoas que se conheçam e se dêem bem, saibam melhor lidar com esta situação. Mesmo que muitos casais ou amigos briguem sério só por causa da absoluta “razão” de cada um. 

O que sugiro aqui, é que tentemos perceber o quanto de possibilidades podem surgir nas conversas se: ESCUTÁSSEMOS PRIMEIRO PARA ENTENDER, E DEPOIS RESPONDER. E não o contrário, como fazemos ao fuzilar o outro com respostas automáticas prontas para desmentir.
QUE SE FODA O DONO DA RAZÃO!Queria que pudéssemos deixar as idéias mais soltas e assim juntar com outras e transformá-las em outras... E, a partir daí, construir REALMENTE JUNTOS algo novo.
É só uma opinião, mas pode ser mais...
Ass:Matheus

Não deixe a vida te levar!


"Não deixe a vida te levar.

Quando chove, todos reclamam.
Quando faz calor, todos reclamam.
Mas quando está bom ninguém sabe o que fazer.

E todos sabem que é assim que as coisas sempre são.
São problemas tão pequenos e...
existe um mundo imenso por ai.

Para aguentar tanta liberdade é sonhar ou morrer."


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Letra: Não deixar a vida te levar - Charme Chulo


Ass: MagrO

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Bicicleta meio, Bicicleta fim.


Qualquer cidade urbanizada é essencialmente um lugar hostil. Creio que não seja nem necessário citar intelectuais que legitimem essa sentença.

Basta sair na rua e perceber. Cada ponto da cidade exerce uma força sobre nós. Somos pressionados por essa força a cada momento em que estamos inseridos na selva de pedra. Toda sua organização física parece ter sido modelada por alguma criaturinha cruel sentada em uma mesa em seu “Departamento de Repressão Subliminar”. Você percebe isso, só talvez não interprete da mesma forma – mas creio que ainda assim, independente de sua interpretação, você pode sentir que a cidade É hostil.

"Quando eu vejo um adulto em uma bicicleta, eu tenho esperanças na raça humana"
H. G. Wells

Se ainda discorda, tente se locomover em sua cidade em percursos de média distância. Você só tem quatro opções: você pode ir a pé, e chegar ao questionamento sobre o porquê de seu bairro ter sido construído tão longe de tudo, excluindo-o de outros setores da cidade; você pode ir de carro (se tiver condições financeiras para ter um) e enfrentar a luta violenta digladiadora que é dirigir em uma cidade superlotada de automóveis e de relógios (sim, o tempo é premio para os apressados); você pode ir de transporte coletivo – ou como alguns “cegos narcisistas” gostam de chamar, transporte “público” - , e se sujeitar à uma empresa egoísta que faz parte de uma sub-máfia do poder, instrumento de manutenção da hierarquia política e da contenção do descontentamento popular (pra não falar que a tarifa é mais que abusiva e o serviço sujo); e, por mais incrível que pareça, última opção em um mundo de ‘tecnologias libertadoras’, ir de BICICLETA.


A BICICLETA, o cavalo branco dos neo-ativistas libertários ecológicos e, ao mesmo tempo, o velho camelo desdentado do pobre trabalhador que não recebe o suficiente para sustentar um transporte motorizado. A “bike” – e principalmente os movimentos ciclo-ativistas atuais – vem sendo, em minha opinião, o meio mais eficiente de gerar um questionamento sobre a atual condição do morador de cidades urbanizadas. A bicicleta e seu caráter ecológico, sua simplicidade tecnológica, seu baixo custo econômico e, principalmente, sua capacidade de integrar o pensamento do usuário ao seu ambiente faz dela uma arma a ser reconhecida na luta por uma mentalidade mais reflexiva – em meio a um mar de outdoors que mal nos dão brecha para pensar.


Esta é a idéia, pensar a bicicleta como um instrumento de integração (uma integração real, não aquela patética promovida pela empresa mesquinha de transporte coletivo). Ainda existem formas de viver diferentes daquelas que as forças sociais da urbanização nos impelem, só precisamos encontrá-las, mesmo que, em um primeiro contato, sejam formas simples e pequenas – afinal, como o chavão já diz, de pequenos atos se faz um grande espetáculo.

DE BIKE É MAIS LEGAL
DE BIKE É MAIS ÉTICO
DE BIKE É MAIS ECOLOGICO
DE BIKE É MAIS BARATO
DE BIKE É MAIS...

Respeite a sua vida e seu ambiente, locomova-se de bicicleta sempre que puder. (e se não puder/quiser, respeite um carro a menos para poluir a cidade em todos os sentidos que um carro pode poluir).

Ass: MagrO