Sobre este espaço

"Existem maneiras de pensar, agir e viver que possam ser mais satisfatórias, emocionantes, e principalmente dignas, do que as formas como pensamos, agimos e vivemos atualmente?"


Um de nossos tantos desejos... Se algum material que colocamos aqui, de alguma forma, estimular você a pensar ou sentir algo, pedimos de coração para que você use estas ideias. Copie, mude, concorde, discorde. A intenção deste blog é incentivar o questionamento e a intervenção das pessoas na sociedade. Pegue os textos, tire xerox, CONVERSE mais, faça por você, faça por todos nós, faça por ninguém. E se quiser, entre em contato(conosco, c/ qualquer um, com o meio, c/ a natureza...) Coletiva e humilde-mente - vive em paz, revolte-se!

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Earth First




Com o progresso da crítica cultural, novas formas de se opor ao sistema vêm se desenvolvendo. Uma manifestação singular desse descontentamento social é expressada pelo movimento Earth First. Acho relevante disseminar essas manifestações, apesar de ser sempre necessário se fazer uma critica quanto ao que é apresentado. Só assim não corremos o risco de sermos levados para corrente sem nem ao menos saber qual o destino.  Ai vai um pouco do que "é" o movimento:

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Earth First!
PORQUE EARTH FIRST?
Você está cansado de grupos ambientais piegas? Você está cansado de ambientalistas corporativos super-pagos que pelam o saco dos burocratas e da indústria? Você foi desabilitado pela abordagem reducionista de profissionais ambientais e cientistas?

Se você respondeu sim a qualquer uma destas perguntas, então Earth First! é para você. Earth First! é efetivo. Nossa linha de frente, a abordagem de ação direta para proteger a vida selvagem consegue resultados. Nós tivemos sucesso em casos onde outros grupos ambientais desistiram, e chamamos a atenção pública às crises afrontando o mundo natural.

Earth First! foi fundado em 1979, em resposta a uma comunidade ambientalista letárgica, transigente e crescentemente corporativa. Earth First! tem uma conduta decididamente diferente em relação aos problemas ambientais. Nós acreditamos em usar todas as ferramentas disponíveis, se estendendo desde organizar o povão e o envolvimento no processo legal até a desobediência civil e a danificação de equipamentos.

Earth First! é diferente de outros grupos ambientais. Aí estão algumas coisas para se ter em mente sobre o Earth First! e algumas sugestões para ser um Earth First!er ativo e útil: Primeiro de tudo, Earth First! não é uma organização, e sim um movimento. Não existem "membros" do Earth First!, somente Earth First!ers. É uma convicção no biocenrismo de que a vida (a Terra) vem primeiro, e um exercício de pôr as nossas convicções em ação.

Embora haja uma ampla diversidade dentro do Earth First! (de vegans defensores dos direitos dos animais a guias de caças em selvas, de sabotadores a atentos seguidores de Gandhi, de gentalha bêbada da roça a filósofos pensativos, de misantropos a humanistas), há acordo em uma coisa, a necessidade de ação!

EARTH FIRST É DIFERENTE!
Para começar, nós não acreditamos que é suficiente preservar uma parte da nossa vida selvagem remanescente. Nós precisamos preservá-la toda, e é tempo de recriar vastas áreas selvagens em todos os ecossistemas do planeta: identificar áreas-chave, fechar estradas, remover aproveitamentos e reintroduzir as espécies animais extirpadas.

Não é suficiente nos opormos à construção de novas barragens. É tempo de libertar os nossos rios algemados e derrubar Hetch Hetchy, Glen Canyon, New Melones, Tellico e outras monstruosidades de concreto.

Enquanto muitos grupos ambientais são membros do establishment político americano e adotam essencialmente a visão de mundo antropocêntrica (centrada no ser humano) da civilização industrial, nós dizemos que as idéias e manifestações da civilização industrial são anti-Terra, anti-mulher e anti-liberdade. Nós estamos desenvolvendo um novo paradigma biocêntrico baseado no valor intrínseco de todas as coisas da natureza: a Ecologia Profunda. Earth First! acredita na vida selvagem por si mesma.

Fazer lobbies, processos judiciais, escrever cartas e documentos de pesquisas são importantes e necessários. Mas não são o suficiente. Os Earth First!ers também usam a confrontação, o teatro engajado, a ação direta e a desobediência civil para lutar pelas áreas selvagens e processos vitais. E, embora não ignoremos ou condenemos a danificação de equipamentos, a ecotagem ou outras formas de destruição de propriedade, nós apresentamos um fórum para a troca de idéias de oposição criativa ao ídolo do progresso, incluindo idéias sobre danificação de equipamentos.

Para evitar a cooptação, nós achamos necessário evitar a estrutura organizacional corporativa tão facilmente abraçada por muitos grupos ambientais. Earth First! é um movimento, não uma organização. Nossa estrutura é não-hierárquica. Nós não temos uma "equipe profissional" bem paga ou uma liderança formal. Dizendo mais simplesmente, a terra deve vir primeiro.

O QUANTO PROFUNDA É A SUA ECOLOGIA?
Uma coisa é certa quando tende a preservar a integridade, a estabilidade e a beleza da comunidade biótica . Ela é errada quando tende a outra coisa. (Aldo Leopold)

O insight central de John Muir e da ciência da ecologia foi a compreensão de que todas as coisas são conectadas, relacionadas; que os seres humanos são meramente uma das milhões de espécies que foram formadas pelo processo de evolução por três e meio bilhões de anos. Com esta compreensão, podemos responder melhor à questão "Por que a vida selvagem?"

É porque a vida selvagem dá belos cartões postais? Porque ela protege as bacias hidrográficas para o uso da vazante pela agricultura, a indústria e as casas? Porque ela tira as teias de aranha da nossa cabeça depois de uma longa semana na fábrica de automóveis ou diante do terminal de vídeo? Porque ela preserva as oportunidades de extração de recursos para as futuras gerações de humanos? Porque alguma planta desconhecida que vive no ermo pode conter a cura do câncer?

Não. É porque a vida selvagem existe. Porque ela é o mundo real, o fluxo da vida, o processo da evolução, o repositório destes três bilhões e meio de anos de viagem compartilhada.

Todas as coisas da natureza têm valor intrínseco, importância inerente. O seu valor não é determinado pelo barulho que elas farão soar na caixa registradora, nem se elas são boas ou não. Elas são. Elas existem. Por si mesmas. Sem consideração com qualquer valor real ou imaginado para a civilização humana.

Ainda mais importante que a criatura selvagem individual é a comunidade selvagem interconectada – a vida selvagem, o fluxo de vida não-impedido pela interferência industrial ou pela manipulação humana. Estes temas gêmeos da interconexão e do valor instrínseco formam o âmago das idéias de pensadores ecológicos pioneiros tais como John Muir, Aldo Leopold e Rachel Carson, e são a base da ação dos Earth First!ers. Esta visão de mundo biocêntrica, oposta ao paradigma antropocêntrico da civilização (e à posição reformista dos grupos ambientais do mainstream), tem sido desenvolvida na filosofia da Ecologia Profunda por filósofos como Arne Naess, da Noruega, John Seed, da Austrália, Alan Drengson, do Canadá e George Sessions, Bill Devall, Dolores LaChapelle e Gary Snyder, dos Estados Unidos, entre outros.

Earth First!, resumindo, não opera sobre a base do pragmatismo político, ou do que é percebido como possível. A vida selvagem não é algo que possa ser comprometido na arena política. Nós somos defensores sem pedir desculpas do mundo natural, da Terra.


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Link do Earth First!: http://www.earthfirst.org/

Ass: MagrO

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Pensamento vago e displicente acerca da fragilidade afetiva


O homem moderno vive uma vida onde a velocidade e a constante movimentação lhe dão o sentido. Ficar parado é estagnar no tempo, portanto não se desenvolver. Não me admira a lógica civilizacional ser a do constante, ininterrupto e progressivo desenvolvimento e crescimento. Parar, ou estagnar, vai de contra essa ordem. Nossas vidas são tão movimentadas que chegam a ser entediantes. Já nos acustumamos com a correria de forma que ela se tornou a nova estagnação. Mas ainda assim, pensamos que o problema está na velocidade em que dirigimos nosso cotidiano e não na necessidade ou não de se manter em movimento. Afinal, o que fazemos quando estamos entediados de nossas vidas corridas e atarefadas: procuramos novas coisas para fazer. Trocamos sempre o veículo por um que seja mais rápido, mas dificilmente nos perguntamos se precisamos mesmo dele, ou se precisamos dele tão veloz quanto é ou pode ser.
Esse idéia pode ser perebida na fragilidade dos laços afetivos. Temos a necessidade de abalar nossa quietude particular com uma relação, temos necessidade de se relacionar com outros. Mas temos grande dificuldade de nos manter nessa relação por muito tempo, pois abala a ordem da movimentação constante. Isso abala o fluxo da vida, que deve estar sempre em movimento, nascendo, morrendo e renascendo.
Abdicar da solidão por um relacionamento é como abdicar de um ciclo – uma forma de viver – e começar a construir outro. Desistimos desse ciclo de solidão por designarmos que ele não nos fornece mais a emoção e os sentimentos necessários para nos fazer seguir em frente. Assim buscamos os sentimentos que nos faltavam em um novo ciclo, no caso, em um novo relacionamento. Porém, o nosso apego a esses ciclos é totalmente artificial. Não se trata de realmente buscar em cada um deles o que nos falta por dentro, mas sim, continuar se movimentando, afinal, essa movimentação é revestida por nossa cultura por um aspécto de progresso e melhoramento. Assim, todos os ciclos se mostram insuficientes e por isso destruimo-los, buscando cada vez mais e mais ciclos, sempre na busca infinita pela auto-satisfação afetiva. Isso fragiliza nossa capacidade de se aprofundar em nossas relações – e talvez até mesmo de se aprofundar em outras experiências da vida que não sejam necessariamente afetivas. Não nos preocupamos em aprofundar nossas relações porque sempre podemos buscar o que falta no próximo da fila. E assim vivemos, sempre em busca de encontrar novas experiências afetivas nos relacionando com pessoas ou grupos, mas nunca nos aproximamos ou aprofundamo-nos o suficiente para poder perceber o que realmente vale a pena nessa relação. Apenas buscamos superficialmente o que procuramos, sem nem mesmo sabermos ao certo o que é. Destruimos esse laço com facilidade porque nunca nos esforçamos para fortificá-lo. Por ser tão frágil, quebramo-os e partimos para outra relação, ou seja, desfazemo-nos do velho ciclo e trocamos por um novo.
Talvez seja ousado dizer que isso é produto da cultura à que estamos inseridos (ou talvez não). Talvez seja ainda mais ousado tomar uma atitude contra isso. Mas, o mínimo que podemos fazer, aceitando esse fenômeno da fragilidade afetiva, é tentar buscar o que nos falta não no relacionamento ao lado, mas sim, talvez, em uma camada mais profunda do relacionamento atual.
Independente disso, alguma coisa precisa ser feita, ou nossos filhos correm o risco de serem ainda mais bizarros socialmente do que nós somos hoje.
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Ass: MagrO

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

TEXTO: Veganismo e Domesticação - Eduardo Morari

Texto extraído do zine virtual Erva Daninha. Este texto pode ser interessante por trabalhar de forma simples e direta a questão da domesticação dentro da filosofia vegana.

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VEGANISMO E DOMESTICAÇÃO
A domesticação é prejudicial do ponto de vista evolutivo - a busca de uma maneira mais eficiente, confortável e prazerosa de viver resulta em adaptações e isso podemos dizer que é a tal evolução. A dependência de menos recursos (necessidade de estar constantemente em busca de alimento) e menos gasto de energia é algo que estimula a evolução.
A domesticação (de animais, por exemplo) limita, molda e controla as características e capacidades dos animais aos caprichos de outro animal (no caso o homem).
A domesticação é pegar para si a função de provedor das condições essenciais para que uma determinada espécie sobreviva. Do ponto de vista da "eficiência evolutiva" é algo extremamente prejudicial e atrofiante. Trabalhar, gastar tempo e energia para criar condições de vida para que uma espécie sobreviva e se reproduza, recriar condições que podem ocorrer naturalmente.
A domesticação é prejudicial tanto para o domesticador quanto para o ser domesticado seja animal, ou até mesmo plantas.
Na domesticação, além de alienar a sua própria liberdade, você força uma espécie a viver um modo de vida alienado.

Faça uma visita a uma fazenda ou folheie uma revista de agropecuária e repare quanto trabalho, energia e recursos naturais são gastos para a domesticação, quantas doenças e pragas devem ser controladas, quantas pessoas devem ser empregadas em trabalhos medíocres, quanta tecnologia deve ser aplicada. Os domesticadores realmente tem uma vida trabalhosa, cansativa, monótona e extremamente cruel (sobre isso poderíamos mencionar as atrocidades cotidianas cometidas contra os animais). Nenhum genocídio humano pode ser comparado ao cometido contra os animais (se é que ambos podem ser comparados).

A domesticação é uma violência como qualquer outra, não aparenta ser uma violência física (embora no processo de domesticação a violência física é regra) pode não causar dor constantemente, mas sabemos muito bem que violência não é apenas provocar dor, violência é também limitar, coagir, privar, manipular, ameaçar, controlar. Não existe domesticação sem estas práticas. A partir disso percebe-se que a libertação animal e a libertação humana é um projeto comum.

A violência causada pela domesticação não atinge somente os indivíduos domesticados, atinge toda uma espécie. É uma violência contra a espécie.
Os gatos domesticados por exemplo - sua capacidade de visão noturna, suas garras, seu olfato apurado, toda sua anatomia, enfim, todo esse aparato que surgiu graças ao modo de viver dos felinos ancestrais, que viveram por gerações e gerações de maneira livre e selvagem, com a domesticação todas essas características são desperdiçadas, violentadas, são negadas quando um gato é castrado e tomado como um objeto por alguém que se julga dono. São milhares de anos de evolução jogados no lixo. E acredite, se os bichanos tivessem a escolha de poder viver novamente de modo livre e selvagem, não tenha duvida de que escolheriam esta opção. O que não significa que não teriam mais relações com humanos.
Um animal domesticado é um animal dependente, limitado pelas paredes da casa, e pelas eventuais janelas abertas, um animal domesticado é transformado involuntariamente em um parasita, toda sua anatomia e seus antepassados são anulados a cada geração que passa, e assim perpetua a domesticação de sua espécie, perpetua a negação de seus atributos naturais.
É muito angustiante ver um animal dotado dos mais variados e eficientes atributos físicos e psicológicos para viver uma vida integra, ter que esperar seu dono trocar sua água, trazer sua comida enlatada, seu ração seco industrializado, ou caso sempre tenha comida, ter que enfrentar uma rotina mórbida, pois não é capaz nem de sentir a vontade de caçar, é privado da vontade de buscar alimento e de suas possíveis aventuras, animais domésticos significa potencial sendo desperdiçado.
Creio que o cão e o gato esboçam algo como uma pergunta, da maneira deles: "o que esta errado? Tenho esse corpo, essas vontades, essa capacidade de sentir cheiros, essa força nas patas, mas minha vida é tão parada, tão monótona, não condiz com o que sinto, o que esta errado?"

O veganismo (e qualquer outro movimento anti-autoritário) deve estender sua critica contra a domesticação, pela sua violência sutil e não menos destruidora. A domesticação transforma outra espécie, durante gerações, em refém dos caprichos humanos.

Muitos de nós nos encontramos na situação de ter animais em casa (muitas vezes resgatados da rua ou de outras situações de risco), e realmente amamos esses animais, realmente criamos uma relação com essas criaturas. E é nessa situação que podemos observar e entender, na prática, como a sociedade de massas, como a domesticação afeta as outras espécies e não só a espécie humana. E nessa condição, pelo amor que temos pelos animais, teremos a oportunidade de oferecer as condições para que nosso amigo experimente a liberdade, para que experimente as características de sua espécie de forma integra. Vamos literalmente re-conhecer esses animais e também nos re-conhecer, entenderemos que selvagem , liberdade e felicidade são sinônimos. E com essa experiência podemos encontrar caminhos para uma re-conecção com o selvagem, aperfeiçoando estratégias e maneiras de incentivar o livre curso da vida, contribuindo assim com o projeto de desmantelamento de toda esta loucura chamada civilização. Uma verdadeira prova de amizade com todos os animais.

Veganismo ao meu ver é a critica e a pratica contra todo tipo de opressão aos animais. Domesticação significa violência. O veganismo deve buscar uma estratégia de luta contra todas as formas de violência, o que inclui buscar maneiras de combater e de viver livre das praticas domesticadoras. A Libertação humana e animal fazem parte do mesmo projeto.

Eduardo Morari - Coletivo Erva daninha - iniciativa anti-civilização


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Ass: MagrO

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

TEXTO: O Tao da Subversão

Texto encontrado na internet de autoria de Janos Biro, organizador do blog "Uma Nova Cultura".


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O Tao da subversão
Por Janos Biro
A arte de ser perigoso e discreto ao mesmo tempo
1. Levantar uma bandeira é se tornar um alvo fácil. Imagine o quanto é útil para um sistema de controle que todos os seus inimigos declarem expressamente suas intenções e levantem bandeiras vermelhas para mostrar precisamente seu número, localização e direção. Além disso, contanto que fiquem apenas gritando e expressando sua revolta, eles são inofensivos. E se eles encherem demais o saco, o sistema de controle sempre pode dar algo descartável para eles morderem. Não se pode mudar radicalmente a sociedade jogando o jogo deles. Identificar todos os descontentes e deixá-los aliviarem sua raiva atacando um fantoche com cara de bobo ao invés de atacar a visão de mundo que sustenta todo o sistema de controle é a grande defesa da civilização.

2. Invisibilidade. Quem terá deixado de notar os políticos raramente dizem o que realmente pensam? Eles protegem suas intenções reais por detrás de um discurso sobre justiça social e coisas que tocam. Apenas aqueles que o conhecem em sua intimidade sabem o que eles realmente querem. Mas se por um lado não podemos dar bandeira, por outro não podemos nos esconder numa nuvem escura de retórica, como eles fazem. A solução é manter-se nas entrelinhas. Nada como uma metáfora ou uma boa ironia para passar a mensagem àqueles que estão dispostos a entender. Os novos agentes das mudanças sociais deveriam se espelhar no ninjitsu, isto é, movendo-se nas sombras, mas alcançando resultados diretos.

3. Deixando pistas. Além de expor com clareza as implicações por debaixo dos discursos dominantes, é preciso também evitar criar um novo discurso dominante, ou potencialmente dominante. Fazemos isso deixando pistas para que as pessoas movam-se por si sós. Se você usa os brinquedos deles, você cai no jogo deles, a não ser que os subverta. Mas mesmo isso deve ser temporário. Se você se engaja num movimento institucionalizado, eles vão se apossar do seu movimento e transformá-lo em algo inofensivo. Dúvidas são mais fáceis de plantar do que certezas. Alguns governantes e empresários sem senso de estratégia ainda acreditam que manifestantes são realmente perigosos, e isso faz com que eles se sintam perigosos.

4. Comunicação não-verbal. As únicas pessoas que vão entender o que queremos fazer são as pessoas que acompanham nossas ações de perto, e são as únicas que precisam entender. Pessoas confiáveis e próximas a nós. Pessoas com as quais podemos comunicar nossas ações sem dizer quase nada. Ninguém deve seguir ordens, não deve haver estrutura organizacional sólida, pois quanto mais sólida ela for, mais fácil será de atingir.

5. Ação pela não ação. Muitas não ações podem ter mais efeito que as ações. O imposto que você paga vai direto para a construção de armas do sistema de controle. Não há neutralidade. As pessoas que estão ?apenas levando a vida? são as grandes contribuintes do sistema. Há muitas coisas que fazemos automaticamente que são complemente desnecessárias para nós, mas muito necessárias para a manutenção do sistema. Deixar de circular dinheiro é mais efetivo que gastar ?para o bem?.

6. Divergir e divertir. Divergir significa não ficar apenas tentando a mesma estratégia de novo, de novo e de novo. Você não precisa apoiar todos que dizem ser contra o sistema, mas também de nada adianta se opor a eles. Não é ofendendo que você vai mudar alguma coisa. Também precisamos nos divertir. É certo que não é nada divertido ver o massacre feito pelo sistema de controle, mas uma estratégia divertida é mais efetiva que uma estratégia monótona e previsível. Lembre-se que divergir e divertir tem tudo a ver com diversidade. Não podemos ser (ou usar) uniformes.

7. Sabotagem. Você pode fingir cooperação, quando na verdade está ganhando confiança para depois sabotar projetos de dominação. Mas eles também podem fazer isso, e depois que eles descobrirem seu truque eles vão ter um truque a mais para usar. A sabotagem é mais efetiva quando feita não como um plano perfeito, mas como uma obra de arte a ser apreciada. Uma obra de arte não pode ser copiada sem perder o valor, já um truque técnico pode.


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Ass: MagrO

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dirigindo CARROS e cavalgando BOMBAS

        Você já percebeu alguma vez em sua vida que quanto mais rápido fazemos algo, mais temos pressa?

        É assim que vivemos nossas vidas. Sempre com pressa. Sempre tentando chegar, o mais rápido e confortavelmente possível, em lugares que nem ao menos desejamos estar. Pessoas compram carros velozes e motos ágeis para irem trabalhar em empregos que detestam. Pessoas usam os ônibus lotados e caros para irem ás escolas que, no fundo, acham um grande saco. E assim seguimos, tentando chegar cada vez mais rápido. Sempre preocupados com o trajéto, mas nunca com o destino.

        Todos nós sabemos que a cultura de usar carros particulares é mortal para nós, para os outros e até para o meio ambiente. Sabemos que sempre que saímos de casa dirigindo um carro, estamos aumentando as chances de causar um acidente grave onde, além de nós mesmos, podemos acabar com a vida de outras pessoas. Sabemos que a cada dia que saímos de casa dirigindo um carro, estamos contribuindo para a degradação insana do meio ambiente natural onde vivemos. Mas, ainda assim, saímos de casa dirigindo nossas luxuosas e (IN)úteis máquinas de destruição.

       Mas como culpar os motoristas solitários, presos voluntários em suas caixas ambulantes de metal e vidro? Afinal, a culura de nossa civilização levantou o carro em um pedestal de ouro, como se fosse uma relíquia, uma medalha. Na cultura do "ter é ser", TER um carro significa SER como o carro. Quanto mais bonito, veloz, potente e caro é seu automóvel, mais bonito, eficiente, e rico você é. É assim que as pessoas de minha geração enxergam essa praga motorizada.
  
       É só visitar uma cidade grande como São Paulo, Rio de Janeiro etc. que você perceberá que, em nosso futuro, não existirá tantos automóveis. O futuro não terá tantos carros, o futuro NÃO PODE ter tantos carros. Com tantos automóveis como há hoje, e com o aumento assutadoramente crescente de carros que são produzidos e vendidos a cada dia, não haverá futuro. Hoje, uma das práticas mais insustentáveis que cultivamos é a cultura, ou talvez encaixe melhor "loucura", de querer ter carro como um símbolo de status.

        Não estou te culpando se você adora automóveis e diz que nunca deixará de ter um. Afinal, o automóvel é o novo ópio do povo. Comprar um carro, em nossa cultura, é a forma mais fácil de agradar as pessoas à sua volta. É uma forma de ser bonito para todos, sem precisar se dar ao trabalho de procurar alguém que te ache bonito pelo que você é. É uma forma fácil de ser requisitado pelos amigos, sem precisar se dar ao trabalho de mostrar sua importância para eles pela sua personalidade. É uma forma fácil de adquirir status, sem precisar lutar tantas outras batalhas que te elevem ao mesmo nível. As consequências? Pouco importam. Afinal, todo dia nossa cultura sussurra em nosso ouvido:

"Já está tudo perdido, cedo ou tarde tudo acabará, não há como mudar. Aproveite o dia de hoje, e só se preocupe com as consequêcias se elas atingirem você"


Estamos cavalgando em uma bomba atômica... e só conseguimos pensar em quão legal e divertido isso é.
      





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Ass: MagrO

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Viver COM a natureza, e não CONTRA ela.

 Segue abaixo um fragmento de um artigo de autoria de Filipe Freitas. O texto aborda a possibilidade de transformação que a Educação Ambiental tem neste século XXI. Com uma linguagem simples e instigante, o texto foca-se na ecoalfabetização e na permacultura como modelos de base conceitual e de sistema produtivo sustentáveis. Para fazer o download do artigo inteiro (que tem 6 páginas) clique neste linke: http://www.4shared.com/file/LQ8wpEvD/ecoalfabetizacao-e-permacultur.html

“Acredito que a harmonia com a natureza é possível somente se abandonarmos a idéia de superioridade sobre o mundo natural. Levi Strauss disse que o nosso erro mais profundo é o de sempre julgarmo-nos ‘mestres da criação’, no sentido de estarmos acima dela. Não somos superiores a outras formas de vida; todas as criaturas vivas são uma expressão de Vida. Se pudéssemos ver essa verdade, poderíamos entender que tudo que fazemos a outras formas de vida, fazemos a
nós mesmos. Aquela cultura que compreende isso, jamais, salvo necessidade absoluta, destruirá qualquer ser vivo.” Mollison



Se focarmos nossa atenção no comportamento da sociedade, vamos constatar que estes princípios que promovem a sustentabilidade no âmbito dos ecossistemas não são observados no contexto cultural da humanidade. Vejamos estes princípios:

1. Interdependência – O sucesso de uma comunidade depende do sucesso de cada um de seus membros e o sucesso de cada um dos membros depende do sucesso da comunidade como um todo.
Enquanto as comunidades ecológicas se desenvolvem a partir de um senso de interligação essencial entre seus membros, a cultura humana privilegia uma pequena parte às custas do equilíbrio e da satisfação de necessidades da grande maioria.
2. Ciclos – A natureza recicla tudo, considerando todo resíduo como recurso.
Enquanto as comunidades ecológicas estabelecem ciclos nos quais o resíduo de uma espécie é alimento de outra e, desse modo, os ecossistemas permanecem livres de lixo e rejeito, as comunidades humanas alimentam uma ilusória crença de um crescimento ilimitado às custas dos recursos da Terra, extraindo-os, transformando-os e descartando-os sem que haja um olhar cuidadoso para trazer estes recursos de volta aos ciclos produtivos.
3. Parceria – A natureza recompensa a cooperação. A aliança é uma característica essencial das comunidades sustentáveis.
Enquanto nos ecossistemas maduros as trocas de energia e recursos materiais são sustentadas por uma cooperação generalizada e arranjos intrincados de coevolução, nas comunidades humanas se desenvolveram uma visão econômica que reforça a competição e a dominação e uma visão cultural focada numa suposta escassez estrutural que dá poder aos que têm recursos e fragiliza quem não os tem.
4. Diversidade – A natureza confia na complexidade e valoriza as diferenças.
Enquanto as comunidades ecológicas tornam-se estáveis e recuperam-se dos desequilíbrios por meio da diversidade de suas relações, identificando as perspectivas diferentes como riqueza e vigor do sistema, nas comunidades humanas há uma forte tendência à eliminação da diversidade e uma homogeneização biológica e cultural, com a coexistência de perspectivas diferentes gerando atrito e preconceito.
5. Flexibilidade e Equilíbrio Dinâmico – A natureza inibe os excessos, transformando-se constantemente para conservar sua essência adaptativa e criativa.
Enquanto a natureza está em constante processo de transformação, com os elementos se formando e se desintegrando, se organizando e se dissipando em uma constante dança de nutrientes, a humanidade mantém uma postura cultural de rigidez e apego às antigas estruturas, reforçando práticas nocivas e resistindo às mudanças.
É provável que a não observância desses princípios seja uma das causas essenciais de estarmos destruindo o ambiente do qual dependemos. Como diz o físico Fritjof Capra, “a sobrevivência da humanidade dependerá de nossa alfabetização ecológica, da nossa capacidade de entender esses princípios da ecologia e viver em conformidade com eles”.


Tentando olhar para nós mesmos de uma forma mais sincera, podemos sentir desespero em relação ao estágio que a nossa civilização chegou. Mas ao mesmo tempo que sentimos angustia em constatar a nossa ignorância(no sentido de ignorar), também podemos entrar em contato com pessoas e saberes que proporcionam uma esperança ativa em prol de um modo de vida mais saudável - em um sentido amplo e profundo.

Ass: Matheus

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

REVOLTA E TÉDIO

"É assim que as coisas são".

Estas são as palavras de ordem que nos forçam a alimentar a gula da sociedade auto-destrutiva que condena suas vítimas. Esta sentença de que não se pode mudar a realidade social é fortalecida pela nossa condição imposta, de meros espectadores. Consumidores/espectadores em todos setores da sociedade. SENTADOS PERTO OU LONGE DOS ATORES, APLAUDINDO OU VAIANDO, SOMOS MEROS ESPECTADORES.


Os dias vão passando: todos iguais, revoltantes e tediosos. Fazemos parte de tudo o que nos cerca, mas somos levados a pensar que nossa ação não tem força. E assim vamos levando a vida, ou melhor, somos levados por ela. Sem perspectiva de nada. Como se nossa existência se resumisse à obediência e reprodução, servindo a continuidade deste modo de ver e viver que causa tanto sofrimento à humanidade e a natureza. Natureza aliás, da qual fazemos parte, apesar de os fundamentos da nossa civilização dizer que somos exteriores e superiores à natureza. E ainda, pra piorar, este modo de vida é dito e tido como o melhor, o único possível. Sendo assim, somos convencidos a acreditar que qualquer alternativa é pior e inviável.

Não (se) questione!

Nos acostumamos a nos acostumar com o revoltante sem nos revoltarmos. E então vem a pergunta que parece mostrar impotência, mas que PODE revelar força:

"O que é que se pode fazer?"


Quem sabe se mudássemos de postura parando de pensar que "é assim que as coisas SÃO", pra começar a AGIR pensando que "é assim que as coisas ESTÃO". Isto muda tudo. Pois nos tornamos capazes de INTERFERIR na realidade com a qual nos deparamos. É claro que continuamos dentro da máquina do cotidiano, mas podemos assumir a postura de nadar contra a corrente deste rio artificial.


Ass: Matheus

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

VIDEO - Quem é Toniolo?

Justiça = Merda...by Toniolo

"Todo mundo tem medo da JUSTIÇA, o que ela fala todo mundo diz amém. Eu aprendi a lidar com ela. Eu a coloco na P A R E D E."
(Sérgio José Toniolo - Escrivão de Polícia)

Exemplo vivo de Desobediencia Civil nua, crua, espontânea e livre de ideologismos e demagogias. Saindo de dentro da Máquina para enfrentar a Máquina. Eu não preciso apresentá-lo, ele pode falar por si mesmo:




PS: Independente do que essa notoriedade trouxe para o resto da vida de Toniolo (levando em conta que hoje ele se tornou garoto propaganda de marcas que pagam muito caro pelo seu apelo ao jovem consumidor) é um grande exemplo de Ação Direta individual e espontânea. Garanto que todos nós já tivemos vontade de dizer algo para todo mundo ouvir e, obviamente, os muros estão todos por ai, brancos e vazios.
        A pergunta que fica é: tomando o pixador Toniolo como exemplo, até que ponto a mídia tem capacidade de absorver as transgreções e revoltas criadas por ela mesma e transformar isso em dinheiro e marketing. Será que algum dia veremos coquetéis molotovs nas prateleiras dos mercados? Será...

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Ass: MagrO

terça-feira, 16 de novembro de 2010

POVO LIVRE - reflexões de uns grãos de areia

O texto que segue, foi retirado do informativo anarquista de pelotas "POVO LIVRE". No blog do coletivo Tranca Rua - aliás, o pessoal que produz o "POVO LIVRE" - está disponível para baixar a versão desta que foi a 10° edição do aperiódico:  http://coletivotrancarua.noblogs.org/post/2010/10/01/povo-livre-n%C2%B0-10/
Sem querer falar qual ideologia é melhor, acredito que as ideias e ideais sejam livres e possam ser aprendidas pelas pessoas, que por sua vez, as usam( ou infelizmente são usadas por elas) na sua forma de (vi)ver o mundo. 

 
REFLEXÕES DE UM GRÃO DE AREIA
 
    Para mim, o atual modelo de educação é uma grande tortura que só permite a perpetuação da miséria. Escrevo a partir de algumas experiências que tive e ainda tenho em escolas. A escola em quase todos os seus âmbitos é castradora e asfixiante e não proporciona, na maioria das vezes, as vivências que na minha opinião são básicas para a sobrevivência: plantar, cuidar, colher e observar uma plantinha, por exemplo. Ao invés disso reproduz os modelos de prêmios e castigos, vencedores e perdedores, inteligentes e burros. Uma nova criação estética é o mínimo que se espera de cada um@ d@s autor@s, acadêmic@s ou não, que já, há muito tempo, observaram e criticaram este sistema. O fato é que as escolas, mesmo com os discursos mais “progressistas”, praticam um ensino reprodutivo da miséria humana. Não podemos esquecer, porém, que a escola é formada por pessoas que assumem o papel de carrasc@ ou se consideram indiferentes ou impotentes. Optar pela apatia não é “não escolher”, mas se deixar levar pelas correntes dos fatos que nos trouxeram ao nosso atual estado de incoerências e desolações.
     Sabemos que o E$tado obriga e controla que “toda criança esteja na escola” e de fato é isso que acontece: a escola gerencia o universo das crianças, sem esquecer do importante papel da mídia de massas (principalmente televisão, e mais recentemente, a internet) nesse gerenciamento. É a escola que afirma ou confirma a maneira “certa de viver”, ou seja: respeitar hierarquias, produzir o conhecimento passivamente, estimular a competição e principalmente, subestimar a capacidade das crianças.
     Existe uma pressão para que @ jovem comece a trabalhar o quanto antes: por parte da família para que el@ ganhe “seu próprio dinheiro” e por parte das articulções capitalísticas (e$cola, E$tado, mídia...) que precisam da mão-de-obra barata e submissa e da energia d@ jovem. A escola antes tinha o explícito objetivo de preparar para o mercado de trabalho e hoje de preparar para a “vida”, que nada mais é do que o trabalho, a família nuclear (padrão pai, mãe, filh@s, cada um@ com um papel bem definido), a submissão às leis, regras, normas e hierarquias. Dessa forma a escola se constitui com um conjunto de regras muito bem definidas em que as crianças não têm participação nenhuma na elaboração. Além disso, a atomização e especialização do trabalho e da “cadeia produtiva” levam @s indivídu@s a saberem quase que unicamente sobre aquilo com que trabalham, nesse sentido a escola (com raras exceções) se resume a ensinar o “conhecimento técnico-científico”, usual unicamente nos aglomerados urbanos, capitalistas, nacionalistas, machistas e etc.
    Este ciclo de degradação, do qual eu também já fiz parte como alun@ e cidadã@ tem de ser rompido se queremos uma vida melhor para nós. Na minha opinião uma vida melhor é aquela que me possibilita liberdade e autonomia. Liberdade para fazer aquilo que acho massa e autonomia para me emancipar em todos os sentidos e poder assim desenvolver todas as minhas potencialidades. Enquanto seres vivos que somos, autonomia e autogestão podem se confundir. Escrevo isso porque penso na comida, nos nossos alimentos, ou seja, na nossa auto suficiência. Tendo as coisas básicas para sobreviver (um local para morar [terra], água, alimentos de verdade), podemos nos ocupar em produzir outras coisas (música, poesia, artesanato), passar o que sabemos adiante, em resumo, podemos fazer o que quisermos. Estou convencido de que uma vida de princípios anarquistas, agroecológicos, permaculturais... pode nos integrar à natureza, e a partir do apoio mútuo e da autogestão podemos tod@s viver muito melhor. 
     Creio que devemos voltar a produzir nosso próprio alimento, sem o uso de qualquer produto químico (agro-Tóxico) e sem o consumo de combustíveis fósseis (ga$olina, óleo die$el e etc.) Qualquer recurso não renovável que seja utilizado é uma incoerência muito grande, visto que a natureza já proporciona todos os recursos (renováveis) que precisamos para viver. As monocultura$ e os latifúndio$ do agronegócio, aliados aos “avanços” técnico-científicos, só tem exaurido os solos, rios, lagos, dizimado matas, florestas e produzido alimentos envenenados. Vamos okupar as terras! Algumas pesquisas têm dito que o cultivo agroecológico (quanto mais complexo melhor) é mais produtivo que o convencional, além de preservar o que é nativo, não usar veneno e usar ao mínimo os combú$tíveis fó$$eis. Na minha opinião isso só pode dar certo diminuindo consideravelmente também o consumo de carne, não só por uma questão de respeito à vida, mas também porque em termos de produção de alimento, a criação de animais é um fracasso (pela proporção: quantidade de alimento/espaço) . 
     Enquanto existir a monocultura e o latifúndio, geridos por essa lógica do lucro e acumulação, vai existir a fome e a miséria. Com a população do tamanho que está hoje, para algun@s terem tanto, muit@s não podem ter nada. Nas minhas “práticas educativas” tento passar a diante os princípios anarquistas e agroecológicos, propondo uma nova forma de se relacionar e viver. 
     Hoje estou confiante de que essas idéias podem se multiplicar a ponto de quebrarmos essa corrente do capitalismo. Mas não podemos esquecer das crianças que na maioria das vezes não tem nenhum contato com as ideias e ações libertárias, mesmo que muitas também sonhem com a anarquia, à sua maneira. Por isso proponho que okupemos também os locais de convívio e “aprendizagem” das crianças, e criemos novos espaços, para subvertermos essa ordem perversa na qual as crianças nascem e crescem.

Bobe Bleque

domingo, 14 de novembro de 2010

GRITO DOS DESCONTENTES


O que uma pessoa faz quando chega ao aterrorizador momento da vida em que percebe que nenhuma das alternativas normais de “formas de viver” faz sentido e, nem ao menos, valem a pena?
Viver a vida toda esperando o dia da “felicidade” é uma ilusão que soa quase como infantil. Trabalhe bastante e, se não está bom assim, trabalhe mais; e se não está bom assim, você está no emprego errado, procure o certo. O problema sempre está em você, e nunca à sua volta. Se as coisas estão ruins a culpa é sempre sua – é o que nossa cultura diariamente nos ensina subliminarmente. Será que a culpa não está no lugar onde você vive?
Qual dos estágios do inferno de Dante é o melhor? É com esse tipo de lógica que nossa cultura trabalha. Afinal, a pergunta certa não seria: qual dos estágios do inferno de Dante é o “menos pior”? – na falta de uma palavra que expresse melhor o terror que é ter que escolher um lugar no inferno. Não quero escolher em que parte do inferno quero viver. Quero descobrir como sair do inferno.
Mas o que fazer? Nada nessa vida poderia me dizer o que fazer. Ops, esqueci, existe uma coisa que minha cultura diz para fazer nessas ocasiões: suicídio. É assim que minha cultura trata suas anomalias. Num passado não muito distante, a regra era essa: se sai da máquina com defeito, joga fora.  A regra agora é outra: se sai da máquina com defeito, não se preocupe, faremos com que ele mesmo se jogue no lixo. É mais ou menos assim que vejo o suicídio, se não é hábil o suficiente para jogar, saia do jogo. Queria eu poder saber uma forma de jogar no outro time. Bom, até que ponto o fato de tratar a vida como um jogo não é indício de que estou imerso bem fundo na “entidade” que faz tudo ser assim, tão ruim? Quem é essa “entidade”? Talvez a cultura que seguimos, talvez eu mesmo, talvez nada. Quem poderia dizer com precisão?
O suicídio não é a melhor saída, pelo menos no momento não parece ser. Pra mim, o suicídio assemelha-se ao entregar-se totalmente á uma droga. Assinar seu pacto de fraqueza e deixar cair suas armas aos pés do inimigo.
Essa é a saída criada pela própria “cultura da in-felicidade” para as anomalias que não conseguem se encaixar em sua massa homogênea e padronizada. Uma saída formulada pelo inimigo não é uma saída confiável. Seu inimigo nunca lhe entregará a salvação, nem por pena nem por nada.
Volto à pergunta: mas o que fazer? Por enquanto, a única coisa que penso ser viável a fazer é, por mais inútil que seja, escrever isso. Registrar uma experiência de descontentamento. Mostrar que em uma cultura que se gaba por oferecer infinitas possibilidades de se tornar feliz, existe um grande problema...
NINGUÉM ESTÁ REALMENTE FELIZ!

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Ass: MagrO

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O MICRO-MUNDO ENTRE NOSSOS CARROS E NOSSA CIVILIZAÇÃO


Quanto mais nossa civilização avança em alta velocidade – com um veículo sem freios - pela auto-estrada do “progre$$o”, mais as pessoas sofrem as conseqüências dessa corrida sem fim. Vemos se aproximar cada dia mais o fim desse caminho, e nele está escrito: ‘RUA SEM SAÍDA – FAÇA O RETORNO’. Porém, nosso veículo já está no limite de velocidade e sem freios, incapacitado de parar – e muito menos de ‘retornar’.

 Algumas pessoas, com suas visões turvas pela alta velocidade e entorpecidos pela adrenalina de ser ‘O MAIS VELOZ’, não conseguem ler o que diz na placa e seguem cegas, querendo acelerar mais e mais. Outras, já acostumadas com a velocidade, lêem com medo o que a placa alerta, mas, já viciados a viver nessa corrida “sem fim”, inventam mentiras para se auto-convencerem de que a placa é falsa e, para manter a velocidade do carro, disseminam essa mentira iludindo qualquer pessoa que tente se esforçar para entender os alarmes espalhados pela rua – destroços de carros antigos que alertam para os perigos desse caminho - que os outros passageiros ignoram.

Esse veículo está lotado, seu limite de espaço já foi ultrapassado há muito tempo. As pessoas se aglutinam e, quando uma se irrita com a falta de mobilidade, empurra uma mais fraca pela janela...: “É só um a menos, agora todos tem mais espaço” - é o que dizem...porém, no instante seguinte surgem mais dois novos passageiros para ocupar o lugar do último sacrificado. E o pior de tudo é que, mesmo amontoados e grudados uns aos outros, os passageiros não se conhecem e mal se olham nos olhos. Toda uma vida espremidos uns nos outros e ainda assim não desejam se conhecer e aprender uns com os outros. Todos sofrem do mesmo mal, todos são passageiros do mesmo veículo, todos são “iguais”, mas se esforçam para exaltar suas diferenças. Eles se odeiam. Odeiam uns aos outros só pela existência dos outros. Odeiam o fato do outro estar ocupando um lugar que poderia ser seu. Eles cobiçam o assento confortável do motorista e protestam por não terem oportunidade de assumir o volante. Mas não conseguem perceber que o motorista será o primeiro a morrer quando a estrada chegar ao seu fim.

 E assim seguem sua viagem entediante, desconfortável, sem rumo, insana e suicida. Continuam esperando chegar ao destino que nem mesmo conhecem, jogando uns aos outros pelas janelas, cobiçando os espaços dos outros, odiando uns aos outros, sonhando em se tornarem O MOTORISTA e nem ao menos se preocupando em tentar enxergar o que os avisos tentam lhes dizer.

CONTINUAM ACHANDO QUE SÓ PRECISAM IR MAIS RÁPIDO PARA CHEGAREM LOGO ONDE DEVEM CHEGAR.

E o mais triste é saber que eles já são tantos que podem parar esse carro facilmente. Só precisam acabar com os poucos motoristas que dirigem essa diligência rumo ao fim. Só precisam perceber que seu problema não é a falta de espaço, nem a incapacidade de alcançar o volante, nem mesmo o enjôo pela alta velocidade que o veículo proporciona, mas sim, enxergar que o próprio veículo é o problema.

JÁ NÃO SEI SE AINDA É POSSÍVEL PARAR ANTES DO FIM DA ESTRADA, MAS SEI QUE O MÍNIMO QUE ESSES PRISIONEIROS PODEM FAZER É PROVOCAR UM ACIDENTE. QUEM SABE ASSIM ALGUÉM POSSA SOBREVIVER E CONTAR AOS SEUS FILHOS TODOS OS PERIGOS DA VELOCIDADE.


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Ass: MagrO

terça-feira, 9 de novembro de 2010

VIDEO: Sociedade Sem Escolas - Ivan Illich

Ivan Illich sonhou com um aprendizado livre de imposições do poder institucional. Esse sonho não é nenhuma grande utopia inalcançavel, nem mesmo um sistema inviável e, apesar disso, possui um poder de tranformação monstruoso. Quem sabe, esse potêncial de emancipação que uma sociedade sem escolas (ou, pelo menos, sem as escolas como as conhecemos hoje) pode ter, seja a própria causa do descaso com que essa questão é debatida entre os Dono$ da Educação Institucionalizada tradicional.

"A escola parece estar destinada a ser a igreja universal de nossa cultura em decadência."
Ivan Illich




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Ass: MagrO

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

DIVULGAÇÃO: 1ª MOSTRA ARTÍSTICA DO IFRS Campus Rio Grande

Divulgação de mostra artística em Rio Grande:
 
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Nos dias 4 e 5 de novembro (próxima quinta e sexta) das 14 às 20 hs
vai acontecer uma mostra artística no IFRS Campus Rio Grande(antigo CTI)
Como diz o nome da instituição, o lugar onde acontecerá será na cidade de Rio Grande/RS

Vai rolar mostra de Artes Visuais, Teatro, Música, Declamação(é assim que se fala? de poesia, prosa, conto, manifesto e qualquer coisa que queiram expressar) e uma exposição de Fanzines(organizado pelo Coletiva_mente)

O evento é aberto para tod@s que queiram assistir e
PARTICIPARQuem se interessar em participar é só entrar em contato comigo ou com Maryan A.

e-mail: nicollecrys@hotmail.com ou mary.ale2@hotmail.com
telefone: (53)8447-7269 ou (53)9157-4003
 
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Ass: MagrO

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Petição para um zoológico "lógico"


Não sei se todos sabem, mas as duas únicas girafas existentes no Zoológico de Sapucaia morreram esse ano (entre julho  e setembro). A primeira girafa faleceu de um suposto resfriado, e a outra, morreu dias depois de solidão e também de resfriado.
  Mas todos sabemos que esses não foram os reais motivos de suas mortes. Quem já foi a esse Zoológico -ou em qualquer outro- vê nos olhos daqueles animais enjaulados o desespero e a saudade de casa! Animais de pequeno e grande porte, ficam cercados por grades de ferro, expostos como brinquedos em uma vitrine, para quê? Para que as pessoas possam ficar diante de um animal feroz ou raro, ver ao vivo e não em uma TV!
   Isso só mostra o egoísmo que temos para com os nossos semelhantes. Ninguém nunca pensou que enjaulando, expondo, o retirando de seu habitat natural, vai acarretar em mais espécies em extinsão? E que essa cruel diversão de ver animais em zoológicos é uma das maiores causadoras de sofrimento e morte de animais?
   Para suprir a falta das girafas no zoo de Sapucaia, querem trazer mais duas da África, tirar mais dois animais de seu habitat natural. Para que isso não aconteça, está rolando um abaixo assinado para que elas fiquem lá!! Esse pode ser um dos primeiros passos para acabar de vez com importação de animais livres, e dar um basta em animais nos zoológicos!

    Abaixo a matéria que saiu na Zero Hora sobre o ocorrido com as girafas e sobre a petição:http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a3090294.xml

         O  link da petição para quem quer assinar!!
http://www.petitiononline.com/FZB2010/petition.html


     Ass: Livia

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

ELEIÇÕES: Com qual molho você quer ser devorado - FOTOS

Cartaz que fizemos:

Parque Marinha

Cassino

Cassino

Adesivo:
Colégio Tellechea no dia da eleição

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Continue a trabalhar, continue a trabalhar...

Para refletir sobre o trabalho sem perder o bom humor... e se é pra falar de trabalho, ninguém melhor que a grande URSS/Rússia para nos dar um exemplo. Segue um video com a "história" da atual Rússia relacionada a uma metáfora do clássico jogo tetris.



E, trabalhadores de todo o mundo, lembren-se sempre...

Continue a trabalhar, continue a trabalhar...

E construir os castelos dos reis que com mão-de-ferro lhe governam.

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Ass: MagrO

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Reunião: 1º Reunião Coletiva-Mente



DIA: 31/10/10
HORA: 17:00
LOCAL: Casa do Daniel (Lets Go), Rua do Farol nº27;
 concentração na praça da quadra de basquete (Av. Grandes Lagos) ao lado do palco.


Nós do grupo coletivo Coletiva-Mente convidamos todos os interessados em fazer uma integração de idéias em nossa primeira reunião. Este encontro se realizará com o intuito de discutir uma forma de organização do grupo. Discutiremos sobre como deve se configurar o coletivo, qual sua identidade, métodos, objetivos e demandas.

Todos os interessados em dar opiniões, fazer críticas, somar idéias ou mesmo tecer um contato, estão convidados. Sem compromissos, apenas trazendo a sua cabeça para somar ativamente.
A concentração ocorrerá em local público, em seguido iremos para um lugar reservado para podermos conversar melhor.

Compareçam

Tragam suas idéias e sua "vontade-de-fazer"!

e-mail: coletiva_mente@yahoo.com.br

Hoje

Sobre/entre a vida e a morte!

Hoje não consigo mais ser feliz, não consigo sorrir com total sinceridade nem sequer me sentir completamente despreocupada. Não, hoje me sinto envergonhada e impotente frente ao domínio humano sobre animais não humanos, outros animais humanos e frente à biosfera como um todo.
Não há um só dia em que eu não pense na relação do homem com o resto da natureza e não consigo mais aceitar a maneira como vivemos, os motivos pelo quais vivemos.
Atualmente, não consigo mais olhar um outro animal e não enxergar todo o processo que o envolve, todos os motivos que me fazem sentir dor e revolta.
Hoje vi um cavalo puxando uma carroça, fato comum em cidades do interior. Para a maioria das pessoas essa é uma visão normal, cotidiana, porém naquele momento, observando aquele cavalo, fui muito mais além do que sempre consegui enxergar em um cavalo. Eu vi a dor e sofrimento daquele animal, ouvi seus apelos mudos e fui inundada de um sentimento horrível. Era uma mistura de vergonha, ódio, impotência e dor. Não pude parar de pensar naquele cavalo que não tem vida própria a não ser servir seu “dono” o tempo todo, e me fez lembrar da escravidão negra tão condenada atualmente e fiquei pensando quantas pessoas conseguem enxergar uma semelhança tão grande quanto eu, entre esses dois casos.
Já não consigo ver animais de estimação como simples amigos. Hoje os vejo como mercadorias compradas em uma loja unicamente para saciar egoísmos humanos ao pretexto de estar “salvando” uma vida.
Talvez a maioria das pessoas não pensem como eu porque simplesmente não conseguem se comparar aos outros animais...
Porque não existe um mercado de crianças? Todas perfumadas e enjauladas esperando um lar, crianças de todos os tipos, modificadas física e geneticamente para melhor agradar seus futuros pais? A resposta é óbvia: seria extremamente antiético, produzir crianças como objetos e as manter presas a espera de uma família. Porém, quando colocamos um animal na posição da criança todos os direitos, culpa e indignação somem. O fato de um animal pertencer a uma outra espécie o condena a um tratamento humano onde aprisionar, vender, mal-tratar é completamente normal e aceitável, uma vez que um animal presa muito mais pela sua liberdade do que um ser humano, acostumado a viver preso.
Hoje não consegui evitar escrever esse desabafo, hoje não consegui esquecer.
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Ass: Luiza

sábado, 23 de outubro de 2010

SÉRIE: Derrubando as máscaras - Isto diz tudo!

Mesmo estando "totalmente" acostumados com a vida como ela é (ou como veio à ser), as vezes descobrimos alguma coisa que nos intriga. Pequenos fragmentos de insanidade que, mais discaradamente do que outras coisas das quais já nos acostumamos, deixam escapar micro exemplos de 'PARA ONDE ESSA CIVILIZAÇÃO ESTÁ MARCHANDO'.

Este é um indício de que a humanidade está ficando cada vez mais passiva e tolerante. Não é mais preciso impor um governo ditatorial para manter a ordem. Seus vizinhos são seus próprios cárcereiros. Não é mais necessário esconder o rumo doentil que o progresso traçou, nem mesmo é necessário mais diminuir a velocidade desse trem do desenvolvimento insano para acalmar os tripulantes. Hoje em dia os tripulantes só querem ir mais rápido, mais rápido, mais rápido...

Partindo deste princípio, esta série - DERRUBANDO AS MÁSCARAS -  visa mostrar esses fragmentos do cotidiano que são exemplos da condição deplorável em que a humanidade (ou melhor, nossa humanidade) se encontra. Com isso, talvez possamos refletir sobre esses insultos maquiados de "marketing" e ter uma visão mais crítica de nossas vidas. Talvez, sabendo identificar as células do câncer que nos debilita, possamos encontrar uma cura ou, ao menos, a prevenção para as próximas gerações.

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Primeiro video da série: Isto diz tudo!

Video legendado de um fragmento do programa de rádio norte americano organizado por John Zerzan.



'Quais seram os próximos simbolos a serem apagados de nossa cultura?'


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Ass: MagrO

terça-feira, 19 de outubro de 2010

DIVULGAÇÃO: Sarau Cabaret 171 do Coletivo Tranca-Rua

Fazendo a divulgação do Cabaret 171 promovido pelo coletivo Tranca-Rua. Segue abaixo a chamada retirada do blog do coletivo:

Vai rolar neste sábado (dia 23/10) o cabaret de 171.

durante o dia, na parte da terde vão rolar algumas oficinas, de capoeira e percução, esposições artísticas e algumas trocas de ideias sobre o que for surgindo.

a partir das 19 h começam as apresentações de dança contemporânea, música, circo, com trapézio, tecido e malabares com o circo akrata, demonstrsações de luta e mais…

o objetivo desta junção toda é arrecadar fundos para o concerto do telhado da casa, portanto pediremos uma contribuição espontênea para quem for participar, e faremos rangos deliciosos para vender…

mas quem não tiver pode aparecer igual…

até…     (A)



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Coletivo Tranca-Rua


Ass: MagrO

VIDEO: Banksy faz abertura polêmica para seriado Simpsons

A notícia já não é novidade.

O artista plástico urbano britânico Banksy fez a abertura de um episódio especial da série 'Os Simpsons'. Na animação o artista questiona a utilização de mão-de-obra barata asiática para produção de animações e produtos relacionados à série.

Depois de assitir a intervenção de Banksy, o que vem ao caso é a pergunta...




...QUANTO vale nosso 'bem-estar'???


By: Banksy
Site do Banksy

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Ass: Magro

sábado, 16 de outubro de 2010

José Saramago - Onde Está a Democracia???

"O poder do cidadão, o poder de todos nós, limita-se na esfera política a trocar um governo que não gosta por outro que talvez venha a gostar. Nada mais."
(José Saramago)





E como podemos falar de Democracia?


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Retirado do blog: ONG CEA

Ass: MagrO

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O que ensinamos às crianças



Animação retirada do blog Uma Nova Cultura. É o mesmo blog que está ali na parte de links, com o nome de Crítica à Civilização.

      Acredito que praticamente todas as pessoas que tem ou querem ter filhos, ou mesmo quem não pensa em ter, enfim, todos aqueles que tem algum afeto com as crianças, desejam um mundo melhor do que este de hoje. Me incluo neste grupo e, penso eu, quase todas as pessoas desejam deixar para quem (sobre)viverá no futuro, algo de bom. Pois bem, falamos em educação, futuro, em "vencer na vida", etc. Mas, como mostra a animação acima, transmitimos uma visão de mundo egoísta, gananciosa, consumista. É claro que não dá de jogar toda a culpa em cima dos pais. Os próprios pais se deparam com uma sociedade de consumo, competitiva, injusta.
      Somos formados em meio a tudo isso. A propaganda publicitária, a concorrência profissional, a mentalidade do "ter que ter mais, sempre", o individualismo, esta infinita busca por "algo melhor" por meio do dinheiro, toda esta espiral da sociedade que vive mudando e se reproduzindo, tudo isso e muito mais, nos esmaga, nos expreme em moldes inconfortáveis, nos obrigando a viver uma vida inteira obedecendo, aceitando, consumindo, assistindo, impondo, dominando, sendo dominado, consumindo mais, ganhando, sonhando um sonho de consumo,e por aí vai. Mas, dificilmente VIVENDO.

 
      Acredito eu, que por nos ACOSTUMARMOS A NOS ACOSTUMAR com toda desgraça do mundo, acabamos por transmitir para as crianças que estão crescendo, a ESSÊNCIA da visão de mundo que nos levou (e nos leva, é claro) à decadência. De uma maneira muito, muito simples, pra resumir: "Viemos até aqui, vivendo neste modo de vida. Não é nada bom, na verdade, por vários motivos é insatisfatório, cruel e desumano. Mesmo assim ensinarei meu filho a NUNCA duvidar deste modo de vida, e assim será (não sei como) melhor".
      Não sei como as pessoas devem viver, nem acho que alguém possa ou deva saber. Mas acredito que as pessoas ainda são seres humanos capazes de APRENDER UNS COM OS OUTROS, e assim poder um dia, como diz Eduardo Galeano, "simplesmente viver, como o pássaro que canta sem saber que canta, como a criança que brinca sem saber que brinca".


Ass: Matheus

domingo, 10 de outubro de 2010

MANIFESTAÇÃO PÚBLICA CONTRA A INTEGRAÇÃO DO TRANSPORTE COLETIVO

 Para os que acharam que a voz do descontentamento popular tinha se calado, ai está.
Manisfestação pública contra integração do transporte coletivo na cidade de Rio Grande

MANIFESTAÇÃO PÚBLICA

ATENÇÃO
MANIFESTAÇÃO PUBLICA CONTRA A INTEGRAÇÃO
DIA 18/10 - SEGUNDA - FEIRA
CONCENTRAÇÃO 17H30MIN
NO LARGO DR.PIO



DIVULGUEM E PARTICIPEM!!!!



Link: Comunidade oficial contra a Integração do Transporte Coletivo

Ass: MagrO